A Bali, sorveteria alagoana que fabrica e comercializa sorvetes artesanais, paletas, picolés e sobremesas, já está se preparando para o aumento das vendas de final de ano e início do verão. Para investir em insumos e no incremento dos estoques, a empresa contratou recentemente capital de giro do Banco do Nordeste e Cartão BNB. O segmento prevê sazonalidade acentuada nos meses de novembro até março, com aumento médio de 40% até 50%, em janeiro, de acordo com o sócio proprietário da Bali, Carlos Regis.
O empresário destacou que essa operação mais recente, contratada com o BNB, possibilitou, além de aumento dos estoques de itens estratégicos como leite em pó e embalagens, a compra de uma máquina de sorvete expresso e de uma produtora de sorvetes a 200l/hora.
Segundo o gerente de relacionamentos da Agência Maceió Centro do BNB, Victor Vitoretti, as condições do capital de giro do Banco do Nordeste são ideais para preparar as empresas para o aumento das vendas esperado para os próximos meses. “Com o capital de giro é possível a aquisição de mercadorias e matérias-primas, além do investimento nas despesas correntes para o funcionamento do empreendimento, com o ressarcimento de gastos gerais dos últimos 180 dias, incluindo também a renovação do estoque e a compra de mercadorias. No caso das micro e pequenas empresas (MPEs), as taxas partem de 0,71% ao mês, com prazo de até 36 meses, e até 6 meses de carência”, informa.
Quanto à Bali, ele ressalta que a empresa, que é uma MPE, tem bom relacionamento com o Banco, desde 2010, e já realizou diversos financiamentos, incluindo crédito para construção da sede da indústria e aquisição de equipamentos, sendo também pioneiros como franqueadores nesse segmento no estado.
Expansão
Aproveitando o potencial de crescimento do setor no estado, em especial, pelas condições de clima, favoráveis à atividade, e pelo fortalecimento do turismo, que também atrai novos consumidores, a Bali está visando o futuro com projeto de expansão, incluindo novos franqueados e investimento em energia fotovoltaica, segundo afirma Carlos Regis. Para concretizar esses objetivos, o empresário diz que contará mais uma vez com o apoio do BNB, com propostas já em negociação.
“As linhas de crédito que temos captado junto ao BNB têm nos permitido manter a construção, já em fase final, da nossa nova fábrica, e a expansão do nosso estoque. Possuímos duas unidades de produção, uma ativa e essa outra em finalização, e somos também proprietários da Loja Matriz, que opera desde dezembro de 1990, na praia de Pajuçara, e da unidade do Shopping Maceió. Além das unidades próprias, possuímos quatro unidades franqueadas e uma nova franquia a ser aberta até dezembro, em Ipioca”, detalha.
Ele acrescenta que a expansão através de franquias deve se ampliar após a inauguração da nova planta industrial que poderá suprir a demanda das franqueadas. Carlos também enfatiza os empregos gerados pela empresa, com perspectiva de criação de mais postos de trabalho, a partir dos novos empreendimentos. Atualmente, são 48 empregos com registro, oito motociclistas terceirizados e 57 funcionários registrados nas franquias.
Setor
De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias e do Setor de Sorvetes do Brasil (Abis), a média de consumo de sorvetes, por pessoa, no país, em 2020, foi de 4,98 litros por ano, sendo que a região Nordeste detém 19% desse mercado consumidor.
Dados divulgados pela Abis revelam ainda que no Brasil o setor de indústria e comércio de sorvetes e gelatos conta com mais de 10 mil empresas, com faturamento de mais de R$ 13 bilhões por ano, que geram 100.000 empregos diretos e 200.000 indiretos. Desse universo, 92% são micro e pequenas empresas.
Já em relação às franquias do segmento, a Associação Brasileira de Franchising informa que, em 2021, havia 2.700 redes de franquias desse setor no país, com 160 mil unidades franqueadas.
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