Nesta sexta-feira, 25 de maio, é celebrado no Brasil o dia nacional da Indústria, data estabelecida em homenagem a Roberto Simonsen, empresário paulista que desempenhou papel fundamental para a consolidação do parque industrial brasileiro. Em Alagoas o setor produtivo da Química e do Plástico (CPQP), segmento industrial, cujos avanços da última década, consolidaram um arranjo produtivo, capitaneado pelo Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (FIEA), sob a liderança de José Carlos Lyra de Andrade.
Um marco na mudança de paradigma do desenvolvimento do estado, a consolidação da CPQP permitiu a diversificou da produção de riqueza em Alagoas, permitindo que matéria-prima aqui extraída – a salgema – usada na produção de cloro, soda e PVC, fosse beneficiada na terceira geração desta cadeia os transformadores plásticos. Gerando produtos de maior valor a agregado como tubos, conexões, forros, portas, pisos e telhas, copos e garrafas plásticas, por exemplo. Esta diversificação foi possível pela presença, há mais de 40 anos, de duas das maiores unidades petroquímicas do Brasil: as unidades de Cloro Soda e PVC da antiga Salgema, hoje unidades da Braskem, que atuam como âncora desta cadeia.
“Alagoas sempre teve seu desenvolvimento relacionado à produção de matérias-primas primárias, de commodities, e a CPQP inverte essa lógica ao agregar valor à matéria-prima produzida no estado, transformando esse vetor de crescimento em Alagoas”, refletiu Milton Pradines, gerente de Relações Institucionais da Braskem.
Além da proximidade com o produtor da matéria prima, uma série de medidas foram implantadas para permitir a atração e instalação de novas indústrias, como a política de incentivos do Programa de Desenvolvimento Integrado do Estado (Prodesin) implementada pelo Estado. Desta forma, desde a formação da CPQP, há 15 anos, instalaram-se dentro desta cadeia produtiva cerca de 80 empresas distribuídas em 27 atividades econômicas, com prevalência na fabricação de produtos de material plástico, borracha e produtos químicos, farmoquímicos e farmacêuticos.
São gerados 3.500 empregos diretos e cerca de 10.000 indiretos. O setor tem hoje uma participação industrial de 13,87% no Produto Interno Bruto (PIB) do Estado. Boa parte destes profissionais foram capacitados de forma específica para a indústria do plástico através do Núcleo de Tecnologia do Plástico instalado no Senai Tabuleiro, em Maceió. Desde 2010, este Núcleo já capacitou mais de 1400 profissionais até para o estado de Pernambuco, firmando a posição de liderança regional que Alagoas possui nesta área.
“O setor do plástico em Alagoas é uma referência no país por sua estrutura de governança .Hoje fazem parte deste arranjo produtivo a FIEA, o nosso Sindicato, o SEBRAE, o governo de Alagoas, através da Secretária de Desenvolvimento Econômico. Uma conjunção de forças que está permitindo o segmento vencer as crises e seguir avançando para que este setor seja no futuro o principal indutor do crescimento de Alagoas”, defendeu Gilvan Leite, presidente do Sinplast.
© Copyright 2012 ·