02/05/2014 12h42

Geração de emprego leva qualidade de vida ao cidadão alagoano

Avanços econômicos promovem a criação de 15 mil postos de trabalho

Pedro Mesquita/Assessoria

Fábrica de pré-moldados gerando emprego e renda

 Em sete anos, a Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande), por meio de sua política de avanço econômico, promoveu a criação de aproximadamente 15 mil postos de empregos diretos em Alagoas. As vagas foram geradas a partir da atração de vários grupos industriais para o estado, além da expansão dos empreendimentos já existentes.

A cadeia produtiva da química e do plástico é um grande exemplo, e pode comemorar conquistas relevantes. O setor contempla atualmente 67 indústrias transformadoras do plástico, gera 4.200 empregos diretos e contabiliza mudanças positivas no seu cenário de atuação.

O crescimento das empresas também elevou a oferta de emprego. Uma pesquisa realizada pelo Sebrae Alagoas apontou uma média de 83 vagas por empresa contra 68 nos anos anteriores. Os salários seguiram o mesmo ritmo: em dezembro de 2009 o rendimento médio era R$ 714,19, já em abril de 2012 registrou R$ 1.319,45.

Fábrica abre oportunidades de empregos para mão de obra especializada

Trabalho e Ressocialização - Um dos grandes sucessos do segmento industrial em Alagoas, o Núcleo Bernardo Oiticica, contempla uma parceria feita pela Seplande com a Superintendência Geral de Administração Penitenciária (SGAP), através do seu Núcleo Ressocializador.

O Governo de Alagoas criou o Núcleo, localizado ao lado do sistema penitenciário, no Tabuleiro do Martins. Lá, por meio do Programa Começar de Novo, reeducandos têm a oportunidade de trabalhar nas empresas que estão em operação, atividade que serve para reintegrar o detento ao convívio social.

O acordo entre os empresários e o Governo de Alagoas prevê que os empreedimentos tenham em seu quadro funcional 5% de reeducandos, mas a fórmula fez sucesso e hoje, a Pré-moldados Alagoas, uma das beneficiadas com o projeto, possui 75% de reeducandos entre os seus funcionários.

Para o empresário Roberto Boness, da Pré-moldados Alagoas, a iniciativa traz vantagens para todos os envolvidos. “Todos nós ganhamos, o Governo de Alagoas, a empresa e o reeducando. No Núcleo, pude expandir meus negócios e dar chance para uma ressocialização com dignidade para os funcionários”, ratifica.

Ainda segundo Boness, nunca houve nenhum tipo de problema com os reeducandos, pelo contrário, eles executam as atividades de forma igual ou melhor que os trabalhadores comuns. “Muitos que vêm pra cá tem qualificação, diferente do cenário do lado de fora. Trabalhei quinze anos na construção civil e vi essa situação de perto”, conta.

Edvaldo Silva foi preso em 2010 e é um dos operários da Pré-moldados Alagoas. Ele responde pelo crime de tráfico de drogas e desde então é mais um dos reeducandos do sistema prisional. Mesmo cumprindo sua pena, ele explica com felicidade a mudança de vida após conhecer o Núcleo de Ressocialização.

“Minha vida mudou completamente. Foi a melhor coisa que me aconteceu depois que vim parar aqui. Voltei a estudar, pude trazer minha família que morava na Bahia, aprendi novas atividades e consigo pagar cursos profissionalizantes para minha filha de 15 anos.”

Edvaldo começou a trabalhar na Pré-Moldados Alagoas há dois anos, carregando materiais. O tempo passou e foi mudando de funções, crescendo, e atualmente é responsável por um dos postos mais importantes da empresa, operador de central de concreto. Sua pena acabará de ser cumprida este ano e, segundo Roberto Boness, ele já tem vaga garantida na empresa.

Edvaldo Silva é exemplo de trabalhador que cresceu dentro da empresa. Começou com carregador de materiais. Hoje é operador da central de concreto

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