21/05/2012 10h18

Produtores de ostra formam cooperativa para expandir atividade no litoral sul

Municípios de Coruripe, Barra de São Miguel, Passo do Camaragibe e Porto de Pedras se destacam no cultivo de ostra

Comunidades acreditam que juntas podem alavancar a produção e atender às demandas do mercado

Assessoria/Sebrae-Alagoas

Os municípios de Coruripe, Barra de São Miguel, Passo do Camaragibe e Porto de Pedras são cenários no estado para o cultivo da ostra, um molusco exótico – que marca pelo sabor exclusivo e pela avaliação econômica positiva no mercado. E para explorar esse potencial, 33 representantes desses produtores foram selecionados para mudar do associativismo para o cooperativismo, permitindo a cultura em larga escala.
Essa transformação envolve a formalização, a capacitação e a legalização dos cooperados e do negócio, em todos os âmbitos, como gestão, atendimento, finanças e comércio. Nesta semana, por exemplo, os ostreicultores participaram de uma oficina sobre práticas de liderança, a fim de facilitar o crescimento e o convívio na empresa.
Segundo o analista da Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios Manoel Ramalho, outro passo importante para a criação da cooperativa já foi dado, com a implantação da Unidade de Depuração, localizada na cidade de Coruripe, que ainda depende da instalação de alguns equipamentos para entrar em funcionamento. Essa estrutura vai garantir a segurança alimentar do produto, através da limpeza interna das ostras, reduzindo de 12 mil a 20 unidades de coliformes fecais, por 100 ml de água salina, durante um período de seis horas de purificação.
“Essa unidade vai possibilitar que os cooperados produzam em maior quantidade, de forma legal e com controle ambiental, para dentro e para fora do estado. Por isso a importância de integração entre os cultivadores, porque, apesar de residirem em locais diferentes, farão parte de uma única empresa e terão que trabalhar juntos, convivendo no mesmo ambiente”, ressalta Manoel.

Ostreicultura

Os produtores adquirem as sementes das ostras ainda pequenas e colocam em mesas feitas de tela, que ficam fixas no rio, para que cresçam com acompanhamento periódico. Dessa forma, inicia-se o processo de desencaixamento, exigindo a separação manual das ostras a cada três meses, já que a tendência natural, com o crescimento, é que elas se unam.
O passo seguinte é a seleção das ostras por tamanho, esperando a maturação necessária para comercialização. Quando atingem esse ponto, são retiradas das mesas, escovadas e lavadas com jatos de água purificada, e, somente então, estão prontas para a distribuição e venda. Mas quando a Unidade de Depuração estiver funcionando, seguirão para esse processo mais profundo de limpeza. “Todo esse processo de cultivo e crescimento leva de oito meses a um ano”, complementou Manoel Ramalho.

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