Eisa Alagoas pode construir inicialmente até quatro sondas da Petrobras

Valdi Junior/VALOR MERCADO

Uma notícia bastante interessante em favor do Estado de Alagoas surgiu nas entrelinhas de uma matéria publicada pelo Estado de São Paulo, no último domingo. A matéria relata a preocupação da presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, a respeito dos atrasos da construção das 33 sondas encomendadas pela Petrobras e, o mais assustador, a maioria das sondas será construída em estaleiros virtuais [ainda], ou seja, que ainda não saíram do computador. Apenas dois são realidades hoje: Keppel Fels e Estaleiro Atlântico Sul, respectivamente, no Rio de Janeiro e em Pernambuco. Este último está entregando as encomendas com atraso. O primeiro navio João Cândido que marca a retomada da indústria naval nacional foi ao mar na última semana.

Mas voltando ao Estado de Alagoas, nesse pacote de 33 sondas e com a possibilidade de construir mais duas sondas para viabilizar o estaleiro OSX do magnata Eike Batista, está a perspectiva de construir de três a quatro sondas no Eisa Alagoas a instalar-se em Coruripe. Embora ainda seja virtual, a relação do Eisa Alagoas no projeto nacional de construção das sondas de perfuração pela Petrobras por si só justifica o empreendimento.

Considerando-se que cada sonda custa cerca de US$ 800 milhões, o estaleiro Eisa Alagoas iniciaria com uma carteria de US$ 3 bilhões, o que viabilizaria totalmente o negócio. E o investimento sacudiria a economia alagoana, pois, esse volume de recursos transformado na moeda nacional superaria R$ 5 bilhões, o que equivale a 1/4 do PIB  do Estado conforme o último número do PIB de 201o de R$ 21 bilhões.

Realmente, o Eisa Alagoas caso se torne empreendimento real transformará a economia alagoana. É fato. Está na hora de acelerar a licença ambiental de instalação do empreendimento. Nos outros estados, esse processo não demora tanto assim, não!

Por que em Alagoas demora tanto?