Valdi Junior/VALOR MERCADO
Um banho de água fria para o quadro geopolítico e socioeconômico de Alagoas. É o que se pode denominar a decisão publicada nesta segunda-feira, 25, no Diário Oficial da União, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente, Recursos Naturais e Renováveis (Ibama) de vetar a construção do Estaleiro Eisa no Pontal de Coruripe em Coruripe. Vai-se embora um investimento de R$ 2 bilhões e a geração de cinco mil empregos diretos.
Mesmo o Grupo Sinergy, responsável pela construção do estaleiro, antecipando que iria recuperar cinco vezes a área destruída de mangue (70 hectares), o Ibama desconsiderou tal proposição e argumentou que o empreendimento causaria sérios danos ambientais à região.
O Governo do Estado abalado com a perda desse investimento que serviu de mote e deu fôlego à campanha de reeleição do governador Teotonio Vilela, e que, indubitavelmente, poderia trazer alento à economia alagoana, com mais emprego e renda, ainda tenta rever uma área estratégica para não perder para sempre o estaleiro. O que não é fácil.
O estaleiro Eisa não seria a redenção da economia alagoana, mas daria impulso substancial à industrialização de Alagoas, que se diga de passagem, ainda é bastante incipiente.
No tocante à geração de emprego, daria um dinamismo jamais visto no Estado e abriria novos horizontes para a juventude, em particular, dos municípios situados no litoral Sul.
Cabe agora o Estado movimentar-se para tentar encontrar nova área (se ainda é possível). Porque se perder o estaleiro Eisa, demorará bastante tempo para chegar empreendimento de tal magnitude na “Terra dos Marecháis”.
[O cavalo selado (oportunidade) só passa de vez em quando e tem-se que ser ágil e montar na sela para não perder o galope].
Ainda atordoado com o impacto da notícia negativa, o Governo do Estado liderado pelo secretário de Planejamento e Desenvolvimento Econômico Luiz Otávio Gomes terá reunião com o empresário German Efromovich, no Rio de Janeiro, para encontrar uma alternativa.
Além da negativa do Ibama, também faltou união política em torno do estaleiro Eisa. É evidente. Enquanto a classe política alagoana olhar para o próprio umbigo, os estados vizinhos sempre cooptarão obras e empreendimentos. E Alagoas…
Os alagoanos não merecem isso!
é preciso investir em educaçao e qualificaçao da mao-de-9bra, o estado está muito atras de recife e campina grande por exemplo, isso tambem desestimula qualquer empreendimento industrial.