Valdi Junior/VALOR MERCADO
O Nordeste ainda vai precisar, e muito, de empurrão do poder público, em especial na órbita da União, para a economia continuar crescendo e atraindo indústrias de capital intensivo, alto valor agregado e geradora de mão de obra especializada com maior remuneração. É o caso específico das montadoras de veículos.
Do total de nove estados nordestinos, apenas dois – Bahia e Pernambuco -, o primeiro, com uma indústria consolidada, a Ford instalada em Camaçari, e recebendo a JAC Motors. O segundo, contando com sua primeira montadora, a Fiat em Goiânia, e disputando com outros estados da Federação, a futura fábrica da Volkswagen. Um empurrão e tanto para a diversificação e salto qualitativo da economia regional.
A chegada de mais investimentos da indústria automobilística no Nordeste, entretanto, só vai avante com a colaboração do Governo Federal. Pois, de um total de 32 novas plantas industirais previstas para o Brasil, apenas a JAC Motors e a Volkswagen preveem empreendimentos no Nordeste.
É uma prova inequívoca que o Brasil precisa descentralizar o mercado nacional saindo do eixo Sudeste, e o Nordeste precisa continuar com ritmo de crescimento dos últimos cincos ampliando o mercado consumidor e os investimentos em infraestrutura.
Pois, do contrário, o Nordeste pode perder o bonde do desenvolvimento, com soluções de expansão econômica sem estar arraigado a um plano de desenvolvimento econômico autossustentável que gere riqueza e renda para os milhões de nordestinos.