11/09/2013 11h49

Como salvar o rio São Francisco da morte certa?

A tecnologia é brasileira e está próxima de nós.

Inácio Loiola*

“Como salvar o rio São Francisco da morte certa?”, tema de palestra proferida pelo engenheiro civil João Alves Filho, prefeito de Aracaju, no VIII Congresso Estadual de Profissionais do Sistema Confea/Crea/Mútua, realizado em Maceió, renovou-nos de alegria e de esperança ao mostrar tecnicamente e financeiramente que a revitalização do Velho Chico é possível e viável. 

Inácio Loiola, deputado estadual

Experiência desenvolvida no rio das Velhas, em Minas Gerais, principal afluente do rio São Francisco, tem-se apresentado satisfatória no emprego de tecnologia de despoluição do rio. Da extensão total de 800 km, cerca de 500 km encontra-se totalmente revitalizado proporcionando o reaparecimento de peixes de diversas espécies e o revigoramento da mata ciliar.

O sucesso do projeto de revitalização do rio das Velhas é um claro sinal de que a luta determinante de muitos companheiros e de nordestinos a favor da urgente revitalização do rio São Francisco é prudente e imperativa. E os gritos e clamor em prol do Velho Chico necessitam ecoar cada vez mais forte a ponto de sensibilizar os técnicos, os engenheiros, os políticos, os empresários e a sociedade civil organizada em torno da implantação de um projeto factível que possibilite a recuperação do rio. [Enquanto há tempo].

O rio São Francisco possui uma mística, pois tem a capacidade de aglutinar vozes de diferentes regiões em torno de si. Banha diversos estados. Irriga diversos campos. Gera energia. Alimenta uma multidão. Integra os povos. E promove o desenvolvimento socioeconômico do Nordeste.

Então, diante disso, nada mais justo do que elaborar e reivindicar projetos ou programas que possam devolver ao rio sua força, sua bravura, sua pujança para afastar de uma vez sua temida morte.

É preciso fazer algo já. Porque o Velho Chico conhecido também como rio da Unidade Nacional está perdendo sua vitalidade. Basta ir até a região da foz na divisa entre os estados de Alagoas e Sergipe para observar como o mar adentra cada vez no rio em detrimento da perda de vazão.

Tal constatação, infelizmente, reitera nosso grito e de muitos companheiros contrários à transposição. Esse projeto vai acelerar o processo de degradação e é tudo o que o rio São Francisco não precisa, nem merece.

Revitalização do rio São Francisco já.

*Deputado estadual

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