26/03/2015 10h18

Desemprego segue em alta e registra queda no rendimento dos trabalhadores em fevereiro

Índice havia atingido 5,3% e em fevereiro de 2014, 5,1%

O desemprego no país segue em alta no início do ano e registra, pela primeira vez desde 2011, queda no rendimento dos trabalhadores.

Em fevereiro, a taxa de desocupação ficou em 5,9%, a maior, considerando o mês, desde 2011. Em janeiro de 2015, o índice havia atingido 5,3% e em fevereiro de 2014, 5,1%.

“Esse crescimento da taxa [de desemprego] está relacionado ao crescimento da procura, da população desocupada, e paralelamente de uma redução da ocupação. Você tem os dois movimentos agindo simultaneamente: redução da ocupação e crescimento da procura por trabalho”, analisou Adriana Beringuy, da coordenação de rendimento e trabalho do IBGE.

Os números foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (26). A pesquisa é realizada nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.

A população desocupada cresceu 10,2% em relação a janeiro e somou 1,4 milhão de pessoas. Na comparação com fevereiro do ano passado, a alta foi de 14,1%.

Por outro lado, a população ocupada chegou a 22,8 milhões em fevereiro, registrando queda de 1,0% frente a janeiro e estabilidade na comparação com fevereiro de 2014. A população não economicamente ativa bateu 19,4 milhões de pessoas – estável sobre janeiro e 2,3% maior que no segundo mês do ano passado.

Segundo Adriana Beringuy, a população não economicamente ativa “reverteu o comportamento” observado em janeiro de 2015, o que pode, segundo a especialista, ter influenciado o aumento da taxa de desocupação em fevereiro.

“De fato reverteu o movimento de janeiro, agora em fevereiro, voltou a crescer [0,4% na comparação com janeiro], mas de uma maneira mais discreta. O que pode indicar um movimento de pessoas indo em direção à desocupação e uma maior pressão ao mercado de trabalho. Provavelmente ela deve estar procurando trabalho”, explicou.

No setor privado, o número de trabalhadores com carteira assinada ficou estável tanto na comparação com janeiro quanto com fevereiro de 2014, em 11,6 milhões.

O nível da ocupação foi estimado em 52,3% – taxa 0,5 ponto percentual inferior a janeiro e 1 ponto percentual abaixo da de fevereiro do ano anterior.

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