22/10/2015 8h54

Desemprego se estabiliza, mas taxa é a maior desde setembro de 2009

Em 2009, o índice bateu 7,7%, com rendimento médio do trabalhador atingindo R$ 2.179,80

G1

O desemprego no país atingiu 7,6% em setembro, a mesma taxa de agosto, segundo informou nesta quinta-feira (22) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar da estabilidade, o índice é o maior para o mês desde 2009, quando bateu 7,7%.

Em setembro do ano passado, o desemprego havia chegado a 4,9%.

O rendimento médio real habitual dos trabalhadores caiu pelo oitavo mês consecutivo e chegou a R$ 2.179,80. Frente a agosto, o recuo foi de 0,8% e em relação a setembro do ano passado, 4,3%. Sentiram a queda tanto os empregados com carteira no setor privado quanto os trabalhadores por conta própria diante do mês anterior.

Em relação a agosto, a população desocupada não mostrou variação ao somar 1,9 milhão de pessoas. No entanto, na comparação com setembro de 2014, esse número cresceu 56,6%. Em setembro, o número de desempregados aumentou no Rio de Janeiro (25,7%), caiu em São Paulo (10,4%), mas ficou estável nas outras regiões.

A população ocupada chegou a 22,7 milhões de pessoas. Assim como a população desocupada, a ocupada ficou estável em relação aos dados de agosto, mas recuou 1,8% na comparação com setembro de 2014. Em relação ao ano passado, o número de ocupados caiu em Salvador, em São Paulo e em Belo Horizonte.

“Tem mais pessoas procurando trabalho, portanto, pressionando o mercado de trabalho, e não está tendo geração de postos. Pelo contrário, na comparação anual, ela está até caindo. De tal forma, que em termos de contingente, há acréscimo de 670 mil pessoas a mais procurando trabalho, em contrapartida, redução de 420 mil pessoas ocupada em reação ao que acontecia a um ano atrás”, analisou Adriana Araújo Beringuy, técnica de rendimento e trabalho do IBGE.

Também caiu o número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado. O recuo foi de 3,5% com relação ao ano passado. Nessa base de comparação, Belo Horizonte (-5,6%) e São Paulo (-3,5%) apresentaram queda. Diante de agosto, não houve alta nem queda.

Quanto aos tipos de atividade, o número de pessoas ocupadas na indústria caiu 4,3% e no segmento de serviços prestados à empresas, 3,8%.

O nível de ocupação, que é a proporção de pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade ativa, foi estimado em 51,7%, mostrando estabilidade em relação a agosto e queda de 1,5 ponto percentual frente a setembro.

TAGS:

Deixe o seu comentário