12/08/2013 15h48

Petrobras trabalha para equiparar preços praticados no mercado interno com mercado externo

Medida pode implicar no aumento do preço dos combustíveis – gasolina e óleo diesel

A Petrobras está trabalhando “intensamente junto ao governo” para equiparar os preços praticados no mercado interno com o mercado internacional, informou nesta segunra-feira (12) o diretor Financeiro da Petrobras, Almir Barbassa.

A empresa conta com a elevação de preços para chegar ao final do ano com um nível de alavancagem “seguro e confortável” para a companhia, afirmou o diretor.

Segundo Barbassa, existe uma expectativa de crescimento da alavancagem no decorrer do segundo semestre se os preços dos derivados (gasolina e diesel) continuarem no mesmo patamar atual e se o câmbio também permanecer elevado em relação ao real.

“Estamos trabalhando para equiparar os preços, mas temos perspectivas positivas para 2014, mesmo que ultrapassemos os limites que nós programamos para não serem ultrapassados”, disse o diretor.

EXPECTATIVA

Ele explicou que “possivelmente” vai ultrapassar a alavancagem de 35%, mas afirmou que não teme por um rebaixamento pelas agências de rating, porque prevê recuperação no próximo ano com o aumento de produção da companhia.

A alavancagem da companhia, que mede endividamento líquido sobre a capitalização líquida da empresa atingiu no segundo trimestre de 2013 o patamar de 34%, bem perto do limite estipulado pela própria empresa, de 35%. No primeiro trimestre do ano, o índice era de 31%. No segundo trimestre de 2012, era de 28%.

O endividamento líquido da companhia aumentou de R$ 150,7 bilhões no final do primeiro trimestre do ano para R$ 176,3 bilhões no final do segundo trimestre.

Com o aumento de preços, a companhia conseguiria mais receita e com isso teria mais dinheiro em caixa, reduzindo, assim, a relação de alavancagem.

O último aumento autorizado pelo governo foi em janeiro deste ano, da ordem de 10,5% para o diesel e 6,6% para a gasolina, mas especialistas avaliam que a defasagem do preço praticado pela empresa no mercado interno e os praticados no mercado internacional seriam de cerca de 15% para ambos os combustíveis.

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