13/05/2013 8h19

Vendas de resinas da Braskem crescem 6% no primeiro semestre de 2013

Volume atinge 921 mil toneladas e Braskem ganha participação de mercado

Unidade industrial da Braskem

Influenciada pelo movimento de reconstrução de estoque na Ásia e paradas de plantas para manutenção, a demanda mundial por resinas e petroquímicos subiu no primeiro trimestre de 2013, favorecendo os spreads internacionais. As vendas totais de resinas no Brasil totalizaram 1,3 milhão de toneladas, crescimento de 5,6% sobre o trimestre anterior. Já as vendas da Braskem no mercado interno somaram 921 mil toneladas, uma alta de 6,2% no mesmo período. Com o movimento, a Companhia ganhou participação de mercado, registrando avanço de um ponto percentual, atingindo 71%.

 A Braskem voltou a operar seus crackers com normalidade no 1T13, atingindo uma taxa média de 90%, após enfrentar cortes no fornecimento de energia no último trimestre de 2012, que resultaram em uma taxa média de 82% nas centrais. Com a melhor eficiência operacional, combinada à recuperação dos spreads das resinas termoplásticas e petroquímicos básicos no mercado internacional – que tiveram aumento de 24% e 6%, respectivamente – e maior volume de vendas, o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) do período cresceu 6% em relação ao EBITDA recorrente do 4o trimestre, chegando a R$ 937 milhões.

A receita líquida da Braskem atingiu R$ 9,3 bilhões, alta de 1% sobre o montante registrado no trimestre anterior. As exportações geraram uma receita de US$ 1,9 bilhão, em linha com o 4T12.

“Apesar da melhoria dos spreads e do aumento das vendas no mercado doméstico, continuamos a acompanhar com atenção a evolução dos próximos meses para verificar se essa tendência positiva se confirma”, afirma Carlos Fadigas, presidente da Braskem. “Mantemos o foco em fortalecer a parceria com os nossos clientes, apoiar o desenvolvimento da cadeia petroquímica e de plásticos brasileira, na captura e criação de valor das capacidades adicionais de PVC e butadieno, assim como no aumento de nossa competitividade”, reforça Fadigas.

A demanda estimada de Poliolefinas (polietileno e polipropileno) foi de 994 mil toneladas no 1º trimestre de 2013, crescimento de 3% em relação ao trimestre anterior, explicado pela recomposição de estoques na cadeia e pelo bom desempenho dos setores de alimentos, automotivo e agroindustrial. Já a demanda por PVC foi 15% superior no mesmo período, alcançando 311 mil toneladas, refletindo o melhor desempenho do setor de construção civil e a recomposição de estoque na cadeia.

O lucro líquido totalizou R$ 227 milhões nos três primeiros meses do ano, influenciado pela maior geração de caixa e pela redução da despesa financeira, que foi positivamente impactada pela apreciação cambial ao longo do trimestre.

A dívida líquida da Braskem foi de US$ 7,4 bilhões, 8% superior à apresentada ao final de 2012, impactada principalmente pelos aportes no projeto do México. Até a data já foram antecipados US$ 619 milhões para o projeto, que serão restituídos à Braskem por ocasião do saque da 1ª parcela doproject finance, prevista para junho de 2013.

Para 2013, o investimento estimado é de R$ 2,2 bilhões, com cerca de 70% direcionados à manutenção, melhoria da produtividade e confiabilidade dos ativos, incluindo despesa decorrente da parada programada de 30 dias para manutenção de um dos crackers em Camaçari; e de 25% para a construção do novo complexo petroquímico do México. O restante será direcionado para outros projetos em andamento, como estudos relacionados ao Comperj e a construção do pipeline para futuro fornecimento de propeno ao polo acrílico da Bahia.

Diante das recentes medidas anunciadas pelo governo brasileiro, as perspectivas são mais promissoras para o setor. “O governo brasileiro tem reagido às incertezas da economia global e tomado decisões importantes para resgatar parte da competitividade da indústria nacional, que sofre com questões relacionadas à infraestrutura e produtividade”, afirma Fadigas sobre a redução de PIS e COFINS na compra de matérias-primas para a 1ª e 2ª gerações do setor químico, que são consumidas por cerca de 50 empresas. Pela medida, anunciada em abril pelo Ministério da Fazenda, os tributos serão reduzidos para 1% de 2013 a 2015 e, a partir de 2016, as alíquotas voltam a subir gradualmente até 2018.

Para o presidente da Braskem, a perspectiva do cenário global se mantém desafiadora. “Ainda há a necessidade de uma política industrial ampla, que siga fortalecendo a produção nacional. O incentivo fiscal promovido pelo governo será fundamental para a retomada do crescimento do setor, e deverá permitir o aumento da taxa de utilização da indústria, que tem operado nos últimos anos com capacidade ociosa, melhorando sua geração de resultado e fortalecendo sua capacidade de investir para reverter o déficit da balança comercial e atender à crescente demanda local”, conclui Fadigas.

 

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