31/07/2022 11h21

Tradicionais feiras livres possibilitam geração de emprego e renda para famílias maceioenses

Semtabes estuda novo cadastro de feirantes para organizar e reordenar espaços de comercialização e trazer políticas públicas para os locais

Feiras livres são espaços tradicionais de comercialização espalhados em diversos pontos da cidade

 

As feiras livres preservam a tradição e a qualidade de produtos fresquinhos e uma boa troca de conversa entre quem comercializa e a clientela. Mas, mais do que a sobrevivência de um espaço popular dentro de grandes centros urbanos como Maceió, as feiras livres garantem renda e emprego para as famílias.

A Secretaria Municipal do Trabalho, Abastecimento e Economia Solidária (Semtabes), que administra mercados e feiras na capital, estuda realizar um novo cadastro dos feirantes e o recadastramento de permissionários para organizar e reordenar os espaços na capital. Titular da Semtabes, Maurício Filho, explica que a necessidade da iniciativa parte de conseguir ter a dimensão de feirantes nos equipamentos públicos e definir políticas públicas direcionadas para os comerciantes.

“Sabemos que as feiras livres da capital têm um papel importante na valorização das comunidades onde estão instalados esses espaços de comercialização. Elas são mais tradicionais e geralmente o trabalho nas bancas envolve a mobilização de toda a família. Por isso, a necessidade de conseguir realizar um cadastro para direcionar políticas públicas para essas comunidades”, ressalta Maurício Filho.

A Feira da Jatiúca é um dos espaços de comercialização, que gera emprego e renda para as famílias. O ponto é convencional para moradores da parte baixa da cidade, ela é a preferida dos moradores do bairro e da vizinhança, como Pajuçara e Ponta Verde. As bancas da feira livre ficam posicionadas em duas ruas do bairro e por lá tem barracas de primos, tias, mãe e filha, um trabalho que envolve 55 pessoas diariamente conquistando renda.

É essa tradição de família que move a feirante Maria Edineide Ferreira, 43 anos, que tem origens familiares no sertão alagoano. Neide possui uma banca na feira livre há 17 anos e comercializa condimentos, especiarias e utensílios para o lar. O ponto alto da Neide Temperos são as fabricações artesanais dos produtos Sal de Ervas e Tempero Baiano.

“O Sal de Ervas é uma receita da minha avó, que fazia socando tudo no pilão e só usava esse tempero. Hoje eu uso a máquina de moer e passei a comercializar durante a pandemia, quando as pessoas começaram a cozinhar mais”, conta a feirante.

Deixe o seu comentário