Confirmado o cancelamento da venda do controle da Braskem pertencente ao grupo Odebrecht para a holding holandesa LyondellBasell. Dois motivos foram decisivos para o insucesso das negociações: a situação financeira da holding Odebrecht que pode pedir a qualquer momento recuperação judicial, e o caso emblemático de Maceió de afundamento do solo e das fissuras e rachaduras dos imóveis nos bairros de Pinheiro, Mutange e Bebedouro – área onde a petroquímica extrai a matéria prima sal-gema para a produção de plástico e derivados.
A não conclusão das negociações de venda da Braskem surpreendeu o mercado financeiro, que mesmo ciente do imbróglio em Alagoas e da delicada realidade financeira do grupo Odebrect, apostava no resultado final positivo. Essa nova situação terminou causando estresse nos agentes financeiros que optaram por desfazer das ações levando a uma desvalorização do papel da Braskem de 17,11%. O papel encerrou o dia cotado a R$ 34,15 no pregão da B3.
O início das negociações tinha sido anunciado em junho do ano passado. As conversas entre Odebrecht e LyondellBasell vinham sendo acompanhadas de perto pela Petrobras, que divide o controle da Braskem com a Odebrecht e aguardava a conclusão da operação para avaliar possibilidade de venda de sua fatia na empresa ao mesmo comprador.