01/12/2023 10h13

Governo de Alagoas se reúne terça com Presidência da República para debater minas da Braskem

Encontro acontecerá, em Brasília, entre o governador Paulo Dantas e o vice-presidente Geraldo Alckmin

Governo de Alagoas terá reunião em Brasília para discutir a situação das minas da Braskem

 

O ministro dos Transportes, Renan Filho, se reuniu nesta quinta-feira (30) com membros do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) e da Defesa Civil Estadual para colher informações do risco iminente de colapso de uma mina na Lagoa Mundaú, no bairro do Mutange, que serão encaminhadas para a Presidência da República.

Em entrevista coletiva, o ministro confirmou que está agendada uma reunião para o dia 5 de dezembro entre o presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, e o governador Paulo Dantas para que de fato o Governo Federal esteja preparado para ajudar Alagoas em caso de necessidade. Ele pontuou ainda que, durante a reunião, a Defesa Civil Nacional explicou que não haverá esvaziamento da lagoa ou um afundamento de proporções muito grandes que possa ultrapassar a área que foi desocupada.

“Os equipamentos perceberam o movimento desde o dia 6 agora do mês de novembro. Só que são vários indicadores que demonstram o movimento da terra. Então eles perceberam, mas houve uma estabilização. E a partir do dia 27 agora ele começou a se intensificar, inclusive a velocidade da movimentação da terra, que é um outro indicador. Houve mais de mil microtremores, o que chamou a atenção de todos. Houve um alerta para todos os poderes, o Poder Judiciário, o Poder Executivo, Municipal, Estadual e Federal, o Ministério Público também está atuando, e a gente está aqui hoje para reunir todas essas informações, remeter ao Governo Federal, verificar quais são as principais providências. O importante a dizer às pessoas é que a área de influência dessa catástrofe foi evacuada. Algumas pessoas ainda estavam por lá, e por decisão judicial, tiveram que ser retiradas, mesmo que agora a contra gosto, e isso é fundamental porque o mais importante nesse momento é preservar vidas”, afirmou Renan Filho, que veio a Alagoas representando o Governo Federal.

“O cidadão alagoano, maceioense, tenha certeza que aquela área no Mutange não pode ter nem tráfego de pessoas. Inclusive as pessoas que estavam trabalhando já saíram. Todos os indicativos demonstram que pode haver inclusive um rompimento, pois já há fissuras na camada superior do terreno. São 35 minas que existem naquela região, das quais em nove estava previsto o seu preenchimento, ou com areia ou com uma solução líquida concentrada. Quatro foram tamponadas, tiveram todo o seu volume preenchido e essa mina 18 iniciaria o trabalho nesses próximos dias. Inclusive com o movimento, foi impedido o trabalho e esse movimento de terra já marca a superfície na própria mina. Então, é possível que haja um rompimento, que pode gerar outros danos, porque haverá uma dissipação de energia na região. Como tem outras cavernas e a área já é de instabilidade, isso pode gerar outros rompimentos, mas o fato é que a área está isolada”, acrescentou.

 

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