Assessoria/Fecomércio
O nível de endividamento do consumidor da capital alagoana recuou em março para 69,6% dos entrevistados, conforme pesquisa do Instituto Fecomércio de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento (IFEPD), em parceria com o Banco do Nordeste do Brasil (BNB). Em fevereiro, o percentual foi de 72,3%, o que representa uma queda de 3,8%.
O percentual de consumidores que possui dívidas em atraso continuou na casa dos 32%, mesmo resultado registrado em fevereiro. O nível de comprometimento da renda familiar com pagamento de dívidas também se manteve estável com 43,5%, conforme o mês anterior.
Por sua vez, a taxa de inadimplência voltou a crescer e alcançou 7,9% dos consumidores que admitem possuir algum tipo de dívida em atraso (32%). A inadimplência praticamente dobrou em relação ao mês de fevereiro.
Segundo análise do Instituto Fecomércio de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento (IFEPD), o comportamento na inadimplência na capital alagoana acompanhou resultado da economia brasileira. Surpreende que no mês de fevereiro a taxa tenha sido muito mais baixa que a do país. Porém, para o IFEPD isso não deve ser motivo de preocupação para os empresários dos setores de comércio e serviços, haja vista que as taxas de juros no país ainda estão muito baixas, o que não compromete a capacidade de pagamento dos consumidores e não provoca desconfianças no mercado.
O uso dos cartões de crédito continuou em alta e foi responsável por 68,1% das formas de pagamento a prazo. Em seguida, o componente “outros”, com 44,4%, das formas de pagamento, o que inclui, o uso de boletos bancários entre outros. Os financiamentos se responsabilizaram por 31,5% das dívidas dos consumidores (modalidade mais usada na compra de veículos e material de construção), o uso dos empréstimos pessoal 17,7%, cheques pré-datados 7,1% e carnês de lojas 6,4%.
Os tipos de despesas que mais pesaram nas dívidas dos consumidores foram: alimentação (40,3%); educação (33,6%); outros produtos e serviços (27,6%); vestuário (18%); tratamento de saúde (17,9%); eletroeletrônicos (9,4%); seguros (9,3%); reforma residencial (7,6%); eletrodomésticos (6,5%) e móveis residenciais (3,5%). Segundo a pesquisa, a causa para elevação dos níveis de endividamento ainda continua sendo o desequilíbrio financeiro (65,7%).