21/05/2012 12h38

NE pode perder ritmo de crescimento com decisão do STF de eliminação dos incentivos fiscais

Estados ainda frágeis economicamente e estruturalmente, a exemplo de Alagoas, deverão ser os mais prejudicados

Incentivos fiscais ajudam a atrair empreendimentos industriais para o Nordeste

 

Valdi Junior/VALOR MERCADO

O Supremo Tribunal Federal (STF) deve anunciar nos próximos dias a súmula vinculante estabelecendo a eliminação dos incentivos credíticios fiscais utilizados pelos estados nordestinos como estratégia para conseguir o desembarque de empreendimentos industriais na região.

Tal decisão vai inibir a chegada de novos  empreendimentos, porque os estados vão perder um forte atrativo para concorrer com os estados do Centro-Sul do País. E os mais prejudicados serão justamente os estados de menor economicamente, a exemplo de Alagoas, Paraíba, Sergipe e Piauí.

Os demais estados, Pernambuco, Bahia e Ceará, possuem uma economia mais sólida e uma base de consumo maior que se constituem em fatores determinantes na hora da escolha do lugar para a instalação de uma fábrica, além de se utilizar também dos incentivos fiscais.

Os governadores da região já fizeram uma visita ao STF para reverter essa posição que tira toda a competitividade dos estados, deixando o Nordeste outra vez à reboque dos investimentos do Governo Federal. O que é muito pouco.

Para Alagoas, essa decisão do STF é uma ducha de água fria. Emperra o crescimento industrial no momento em que o Estado de Alagoas começa paulatinamente a constituir seu incipiente parque industrial no Polo José Aprígio Vilela.

É o Nordeste mais uma vez perdendo terreno para o Centro-Sul.

 

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