Valdi Junior/VALOR MERCADO
A vitória silenciosa da presidente Dilma Roussef. É o que se pode classificar as atitudes tomadas pela presidente da República em não ceder à pressão dos servidores públicos federais de reajustes acima da capacidade de pagamento da União. O direito dos funcionários é líquido e certo, porém, tem que ser sob medida para não sufocar o Estado de atender inúmeras demandas da sociedade brasileira.
No Brasil, ninguém vive no mundo das maravilhas, mas não se pode esquecer que o servidor público está acima da média do mercado. É uma realidade. E o percentual de 15% está satisfatório. Basta comparar a média de ganho salarial nos últimos anos.
A presidente foi bastante feliz em evento no Estado de Minas Gerais ao declarar que “é preciso governar para a maioria dos brasileiros que não têm estabilidade”.
Foi um recado direto e curto para os grevistas.
Como a greve [um direito do trabalhador] tem se estendido além do tempo razoável e causado interferência no dia a dia do cidadão está perdendo unidade e apoio da sociedade. E um dos fortes motivos é que a média salarial do serviço público está acima do mercado privado não havendo razão para ‘esticar a corda’.
Resultado: servidor não conquista o que gostaria e perde a adesão [indireta] da população que bate palmas para a presidente Dilma Roussef.
O funcionalismo precisa entender que o tempo é outro e o(a) presidente é outro(outra). E que o Brasil também não pode ficar refém do corporativismo.
Também não se pode negar as demandas para a melhoria do serviço público. Pois, boas condições de trabalho e servidor satisfeito refletem em mais e melhores serviços para a população.
É preciso buscar o diálogo servidor x Estado. É a premissa básica para superar impasses. Além do mais, o Brasil não pode parar.