Valdi Junior/VALOR MERCADO
O Governo Federal sob o comando da presidente Dilma Roussef e dos atos adotados pelo Ministério da Fazenda está fazendo de tudo para empurrar a economia nacional. Nas últimas semanas, houve pressão nos bancos para baixar a taxa de juros, liberação de crédito para financiamentos e redução do IPI de automóveis. Várias medidas em prol de mais vendas.
Contudo, o resultado até o momento tem sido muito abaixo do esperado. O tempo é outro. A causa é a mesma e teve origem na crise mundial de 2008.
A única diferença é que em 2008, o consumidor brasileiro estava pouco envididado, diferentemente, de agora. Desde o estouro da crise mundial que o governo brasileiro estimulou a expansão do crédito para fomentar a economia brasileira e ganhar politicamente. Resultado: o povo pisou no acelerador e foi às compras.
Sufocado com as contas feitas no crediário a longo prazo, o cobertor financeiro do consumidor está curto. Mal dá para pagar os compromissos assumidos. O endividamento bateu no teto.
Esse quadro tem afastado o consumidor de compras novas mesmo com taxas de juros mais atraentes. Uma realidade imprevista pelo Governo Federal que já sinaliza a contragosto um Produto Interno Bruto (PIB) abaixo de 3% para 2012.
Até agora, a economia está caminhando pela tangente, ou seja, de lado sem nenhuma reação. 2012 está parecendo ser mais difícil do que as previsões de início de ano. [Ainda há o fator Grécia para complicar].