26/07/2013 8h19

Empresa de energia renovável avalia em Alagoas área para plantio de eucalipto e construção de fábrica de pellets

Energias Renováveis do Brasil (ERB) já iniciou os trabalhos no Estado, plantando 600 hectares da matéria-prima para estudo do solo

Empresários debatem com representantes do Governo do Estado interesse em montar empresa de geração de energia a partir da exploração do eucalipto

Laís Pita

A construção de uma fábrica para a produção de pellets e a exploração de eucalipto em uma área de 12 mil hectares é o plano da empresa Energias Renováveis do Brasil (ERB) para o Estado de Alagoas. O anúncio foi feito pelo diretor-executivo e fundador da ERB, Emilio Rietmann, durante a 21ª reunião ordinária do Conselho Estadual de Politicas Energéticas (Cepe), que aconteceu na Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande).

O objetivo da ERB é extrair o eucalipto para geração de energia elétrica em usinas de açúcar e outras empresas do setor sucroalcooleiro. Os pellets de madeira são um tipo de lenha, geralmente produzidos a partir de serragem ou serradura de madeira refinada e seca que depois é comprimida. Eles são granulados cilíndricos com 6 a 8 milímetros de diâmetro, e com 10 a 40 milímetros de comprimento.

“Essa fábrica de pellet precisa ser construída entre os estados da Bahia e de Pernambuco. Dentro das cogitações do ponto de vista logístico, por estar perto da costa marítima e ter uma estrutura portuária adequada, acreditamos que Alagoas é o local ideal”, explicou Rietmann.

Além desses aspectos, os executivos da ERB explicaram que a terra do Estado precisa ter aptidão para a plantação de eucalipto. Para isso, 600 hectares já foram plantados nos municípios de Atalaia e Paripueira para uma análise. “Os trabalhos já foram iniciados. Esperamos que o negócio prospere porque Alagoas possui um potencial imenso para exploração florestal e não atrapalha a atividade da cana, pois a ocupação desses projetos de eucalipto não é intensiva no que se refere à área”, concluiu o diretor-executivo da ERB.

Uma base industrial para exportar os pellets para a Europa também está dentro do projeto da corporação para o Estado. De acordo com a apresentação, a madeira é úmida e tem uma baixa densidade, o que acaba por ocupar um volume grande. Então, através dos processos da fábrica, a madeira será seca e depois comprimida, é quando os pellets serão formados, armazenados e embarcados em navios para exportação. Os pellets são granulados cilíndricos com 6 a 8 milímetros de diâmetro, e com 10 a 40 milímetros de comprimento.

“Esse empreendimento é extremamente inovador e contempla a política de desconcentração dos investimentos no Estado, pois vai atuar em duas regiões, Zona da Mata e Litoral Norte. Além disso, gostaria de informar aos representantes da ERB que o Governo do Estado não medirá esforços para garantir as condições necessárias para o desenvolvimento deste negócio”, afirmou o secretário de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico e presidente do Cepe, Luiz Otavio Gomes.

De acordo com o superintendente agroflorestal da ERB, Roberto Pinto, existem várias vantagens em utilizar os pellets de madeira como combustível, em relação a outros tipos mais conhecidos. “O pellet é um combustível sólido mais limpo, como a umidade dessa biomassa é extremamente reduzida, a combustão é muito mais eficiente e libera muito menos fumo que a lenha normal”, afirmou.

Os pellets de madeira são um tipo de lenha, geralmente produzidos a partir de serragem ou serradura de madeira refinada e seca que depois é comprimida. Eles são granulados cilíndricos com 6 a 8 milímetros de diâmetro, e com 10 a 40 milímetros de comprimento.

Balanço – Durante a reunião, a Eletrobrás Distribuição Alagoas, através do gerente comercial da Companhia, Edson Lima, apresentou aos membros do Conselho os aspectos comerciais das micro e minigeração distribuídas nos sistemas de distribuição de energias, as bandeiras tarifárias e a evolução do plano de obras do sistema elétrico regional de Alagoas. Já a Algás, que tem o seu presidente Geoberto Espírito Santo como o vice-presidente do CEPE, expôs a evolução do plano de obras do sistema regional de gás natural no Estado.

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