17/02/2020 9h55

Asplana e Sindaçúcar-AL discutem projetos e analisam mudanças no Consecana

Uma das propostas está a inserção dos fornecedores de cana no Plano de Irrigação que será apresentado setor industrial ao Governo Federal.

Presidente do Sindaçúcar, Pedro Robério, e o presidente da Asplana, Edgar Filho, discutem alternativas para o fortalecimento do Consecana
Os presidentes da Associação dos Produtores de Cana de Alagoas (Asplana), Edgar Filho, e do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Alagoas (Sindaçúcar-AL), Pedro Robério Nogueira, estiveram reunidos na quinta-feira (13) para debater as pautas sobre o setor canavieiro do estado.
Durante o encontro, foram analisadas propostas que podem resultar no avanço da cadeia produtiva da cana-de-açúcar em Alagoas. Entre elas está a inserção dos fornecedores de cana no Plano de Irrigação que será apresentado setor industrial ao Governo Federal.
Um dos principais temas da reunião entre Edgar Filho e Pedro Robério Nogueira foram as regras de cálculo do ATR (Açúcar Total Recuperável), indicador que determinam o valor da tonelada de cana em Alagoas.
Na avaliação da Asplana, a base de dados que é utilizada pelo Consecana-AL/SE (Conselho que reúne representantes das usinas e fornecedores de cana) está totalmente desatualizada, o que prejudica os produtores.
“Essa é uma luta antiga da Asplana. O Consecana está com uma base de dados antiga, de 2005. Desde então nossos custos de produção, de uma tonelada de cana, não são atualizados. A formação desse custo, de plantio e manutenção do canavial, tem incidência direta na fórmula do ART, que é calculado a partir do mix de produtos (etanol e açúcar) comercializado pelas usinas”, explica Edgar Filho.
O presidente da Asplana reconhece que se for feita a correção, os fornecedores de cana terão uma remuneração maior pela tonelada de cana. “Essa discussão é complexa e existe resistência de algumas usinas, que não querem mudar a fórmula porque isso poderia representar um custo a mais para as unidades. Por isso fomo conversar com o Pedro Robério Nogueira. Estamos dialogando, tentando encontrar uma fórmula que atenda as duas partes. Sabemos que será um pouco mais demorado do que gostaríamos, mas vamos continuar trabalhando em busca de uma solução, que tenho certeza, virá e irá contemplar os dois lados”, afirma.
Para o presidente do Sindaçúcar-AL, Pedro Robério Nogueira, alinhar as demandas é um ponto importante. “Durante o encontro conseguimos discutir a inserção dos fornecedores de cana no Plano de Irrigação que será apresentado ao Governo Federal. Esses encontros são fundamentais para o soerguimento da cana no estado, sendo também um mecanismo harmonioso entre as classes”, apontou Nogueira.
Análise do setor
 
Os presidentes da Asplana e do Sindaçúcar-AL também analisaram as iniciativas realizadas pelas duas entidades no fomento da atividade canavieira em Alagoas. “Discutimos sobre os avanços alcançados no Estado, como a redução do ICMS, que foi uma parceria da Asplana com o Sindaçúcar. Abordamos também a realidade de nossas usinas, que estão conseguindo funcionar de uma forma melhor, com os pagamentos acontecendo sem atrasos. Além disso, falamos sobre o fechamento da safra deste ano, que teremos um acréscimo de moagem comparado a 2019”, declarou o presidente da Asplana.
Ainda sobre a safra de cana 19/20, dados apontam que o valor total de moagem está se aproximando dos 17 milhões, superando os números do ano passado, que fechou nos 16 milhões. “Este ano passamos por meses de estiagem, afetando diretamente na nossa expectativa, que esperava uma moagem de 18 a 19 milhões, mas estamos conseguindo superar as dificuldades. Os preços do açúcar estão reagindo, tanto no mercado interno, como no mercado internacional, e nossa perspectiva é que tenhamos preços melhores na safra que vem”, revelou Edgar Filho.
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