27/11/2012 12h29

Faeal participará da Marcha em Defesa dos Produtores Rurais Endividados do Nordeste

Presidente Álvaro Almeida disse esperar o diálogo entre o governo federal e trabalhadores para atenuar o problema

Produtores alagoanos vão voltar mais uma vez a Brasília em busca de solução para o endividamento rural

A Federação da Agricultura e Pecuária no Estado de Alagoas (Faeal) reuniu na útima segunda-feira na sala Porfírio Moreira, em sua sede, os membros da Comissão de Endividamento Rural para definir a tomada de decisões para adquirir recursos, e assim tentar driblar o cenário de sucessivas dívidas no setor rural.

Durante a reunião, discutiram-se valores a serem negociados entre produtores e organizações. Entraram também num acordo em disponibilizar quatro ônibus fretados para os produtores que quiserem ir para a Marcha em Defesa dos Produtores Rurais Endividados do Nordeste em Brasília, com saída dos trabalhadores alagoanos no dia 2 de dezembro, às 7 da manhã, com destino à capital federal. O retorno a Alagoas está previsto para a sexta-feira, 7 de dezembro.

Nas palavras de Álvaro Almeida, presidente da Faeal, o apoio de tais entidades é fundamental para estabelecer o diálogo entre os trabalhadores do campo e o governo federal. “Acima de tudo, buscaremos sensibilizar a presidente Dilma, para que ela consiga atenuar os problemas enfrentados por aqueles que vivem da terra”, apontou Álvaro.

Entre os pontos apresentados, entrou a questão da falta de preocupação do governo estadual sobre tentar reverter a situação de crise. Os integrantes da comissão, formada essencialmente de membros de cooperativas, sindicatos e demais organizações ligadas à área agrícola e pecuária de Alagoas, salientaram que era necessário pedir suporte ao governo, para sanar os problemas de causa, como a questão da estiagem. Dessa forma, evitaria que o produtor pedisse posteriormente tal benefício.

De acordo com Aldemar Monteiro, a CPLA está enfrentando bastante dificuldade no setor leiteiro e alertou sobre o que isso pode acarretar. “Se acabar com a cultura do leite nas áreas de seca, vai acabar com um grande incentivo à pecuária familiar”, destacou.

Carlos Espósito, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Porto Calvo, comentou também das consequências drásticas e emergenciais do cenário atual. “Não reflito apenas no animal que morreu de sede, reflito no ser humano, na família e no desenvolvimento da região quando se perde aquilo que é a fonte de renda do trabalhador rural”.

Em uma nova reunião, já às 15h do mesmo dia, realizou-se uma avaliação final referente à Marcha, além de alguns órgãos seguirem para o Palácio do Governo, às 17h, na tentativa de buscar apoio também do governo estadual.

 

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