Atividade da aquicultura vem crescendo nos últimos anos

A aquicultura é o mercado que mais cresce no setor de carnes no país: aproximadamente 12% ao ano, de acordo com levantamento feito pela Comissão de Aquicultura da Confederação Nacional da Agricultura. Com esse aumento, a necessidade de se criar novas estratégias e o aperfeiçoar a criação de peixes em todo o Brasil se torna ainda maior. Pensando nisso, a CNA realiza reuniões periódicas em todos os estados, para debater e encontrar soluções para as dificuldades do ramo.

Nessa segunda-feira (5), Alagoas sediou pela segunda vez um desses encontros, que contou com a participação de representantes dos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Acre, São Paulo, Amapá e Amazonas. A reunião foi realizada na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (Faeal).

“É muito importante essa reunião ocorrer aqui, em Alagoas, porque prestigia não apenas os produtores, mas também o I Seminário Alagoano de Aquicultura, organizado pela Secretaria de Pesca de Alagoas. Esse segmento responde pela criação de emprego e renda em muitas áreas do estado”, afirmou o presidente da Faeal, Álvaro Almeida.

Na ocasião, os principais temas foram abordados, entre eles a legalização dos aquicultures. “A maioria dos produtores está trabalhando fora da lei. Nossa intenção é fornecer auxílio para que eles se adéquem à legislação ambiental. Até porque hoje em dia não dá mais para obter o peixe direto da natureza. Em vez de pescar tem que criar”, explicou Murilo Resende, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Penedo.

Segundo Resende, que trabalha com a aquicultura desde a sua infância, o Brasil é um mercado consumidor em potencial e a criação de peixes rende mais do que a pecuária, que é o tipo de criação mais visado atualmente no país.

À tarde ocorrerá uma palestra sobre a aquicultura no Brasil no auditório da Faeal, no Jaraguá, a partir das 14 horas. O evento será aberto ao público e o tema será abordado por Eduardo Ono. “Vou apresentar um panorama da aquicultura em todo o país. Cerca de 90% das dificuldades enfrentadas pelo setor são iguais em todo o território nacional, variando geralmente na espécie criada em cada região”, explicou o palestrante.