06/05/2017 19h01

Tesouro vende ações do BB no Fundo Soberano para cobrir rombo fiscal

Um total de R$ 3,54 bilhões em ações do Banco do Brasil no Fundo Soberano será resgatado

A Secretaria do Tesouro Nacional informou nesta sexta-feira (5) a decisão de vender as ações do Banco do Brasil detidas pelo Fundo Fiscal de Investimentos e Estabilização (FFIE), conhecido como Fundo Soberano, em um prazo de até 24 meses.

Ao todo, há R$ 3,54 bilhões em ações do BB no Fundo Soberano. Com a decisão, os recursos voltam para os cofres públicos e poderão ajudar o governo a tentar atingir a sua meta fiscal para 2017, que é de déficit (despesas maiores do que receitas) de até R$ 139 bilhões e de R$ 129 bilhões em 2018. Essa conta não inclui os gastos com pagamento de juros da dívida pública.

“As operações serão executadas em um programa prolongado de vendas, sujeito às condições de mercado, a ser realizado ao longo de um prazo de até 24 meses. O FFIE é um fundo privado do qual a União, com recursos do Fundo Soberano do Brasil – FSB, é cotista única”, informou o governo.

Com isso, a Secretaria do Tesouro Nacional­ informou ter recomendado à BB Gestão de Recursos DTVM S.A. – gestora e administradora do FFIE – “que envide seus melhores esforços para a alienação das ações do Banco do Brasil de forma mais neutra possível em termos de impacto no preço do ativo, com o objetivo de assegurar liquidez em sua carteira compatível com a intenção de resgate de cotas.”

De acordo com o governo, a recomendação está alinhada com o anúncio do Ministério da Fazenda, realizado em 24 de maio de 2016, que previa que a venda de participações do FSB ocorreria ao longo dos próximos anos “à medida que as condições de mercado permitirem, sempre com o objetivo de maximizar a receita oriunda da venda dos ativos do Fundo”.

As ações do Banco do Brasil representam, atualmente, 95% do patrimônio do Fundo Soberano, de acordo com dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Há ainda, no fundo, R$ 161 milhões em títulos públicos e outros R$ 19,9 milhões em operações compromissadas.

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