24/10/2016 11h24

Inflação menor em 2016, mas crescimento ano que vem será fraco

Economistas preveem retração de 3,22% no Produto Interno Bruto deste ano

G1

Os economistas do mercado financeiro preveem um cenário de menos inflação neste ano e em 2017, mas estimam uma queda maior do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016 e um crescimento menor no próximo ano.

As expectativas foram coletadas pelo Banco Central na semana passada e divulgadas nesta segunda-feira (24), por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus. Mais de 100 instituições financeiras foram ouvidas.

A estimativa do mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano recuou de 7,01% para 6,89% na semana passada. Foi a sexta queda seguida do indicador. Mesmo assim, permanece acima do teto de 6,5% do sistema de metas e bem distante do objetivo central de 4,5% fixado para 2016.

Para 2017, a estimativa do mercado financeiro para a inflação recuou de 5,04% para 5%. Foi o terceiro recuo consecutivo do índice, informou o BC. Deste modo, permanece abaixo do teto de 6% – fixado para 2017 – mas ainda longe do objetivo central de 4,5% para o IPCA no período.

Recentemente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA – a inflação oficial do país – somou 0,08% em setembro, o menor para este mês desde 1998. Já em 12 meses, a IPCA ficou em 8,48%.

O BC tem informado que buscará “circunscrever” o IPCA aos limites estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 2016 (ou seja, trazer a taxa para até 6,5%), e também fazer convergir a inflação para a meta central de 4,5%, em 2017.

Produto Interno Bruto
Para o PIB de 2016, a previsão do mercado financeiro passou de um encolhimento de 3,19%, na semana retrasada, para um “tombo” maior, de 3,22% na última semana.

Essa será a primeira vez que o país registra dois anos seguidos de queda no nível de atividade da economia – a série histórica oficial, do IBGE, tem início em 1948. No ano passado, o recuo foi de 3,8%, o maior em 25 anos.

Para o comportamento do Produto Interno Bruto em 2017, os economistas das instituições financeiras baixaram sua previsão de alta de 1,30% para 1,23%, informou o BC.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira

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