G1
Os economistas do mercado financeiro preveem um cenário de menos inflação neste ano e em 2017, mas estimam uma queda maior do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016 e um crescimento menor no próximo ano.
As expectativas foram coletadas pelo Banco Central na semana passada e divulgadas nesta segunda-feira (24), por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus. Mais de 100 instituições financeiras foram ouvidas.
Para 2017, a estimativa do mercado financeiro para a inflação recuou de 5,04% para 5%. Foi o terceiro recuo consecutivo do índice, informou o BC. Deste modo, permanece abaixo do teto de 6% – fixado para 2017 – mas ainda longe do objetivo central de 4,5% para o IPCA no período.
Recentemente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA – a inflação oficial do país – somou 0,08% em setembro, o menor para este mês desde 1998. Já em 12 meses, a IPCA ficou em 8,48%.
O BC tem informado que buscará “circunscrever” o IPCA aos limites estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 2016 (ou seja, trazer a taxa para até 6,5%), e também fazer convergir a inflação para a meta central de 4,5%, em 2017.
Produto Interno Bruto
Para o PIB de 2016, a previsão do mercado financeiro passou de um encolhimento de 3,19%, na semana retrasada, para um “tombo” maior, de 3,22% na última semana.
Essa será a primeira vez que o país registra dois anos seguidos de queda no nível de atividade da economia – a série histórica oficial, do IBGE, tem início em 1948. No ano passado, o recuo foi de 3,8%, o maior em 25 anos.
Para o comportamento do Produto Interno Bruto em 2017, os economistas das instituições financeiras baixaram sua previsão de alta de 1,30% para 1,23%, informou o BC.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira