19/07/2016 10h22

FMI melhora percepção sobre o Brasil

Fundo revisa para cima nova projeção sobre o Produto Interno do Brasil

O Fundo Monetário Internacional (FMI) está um pouco menos pessimista em relação à economia brasileira. Em relatório divulgado nesta terça-feira (19), o fundo melhorou pela primeira vez – após cinco revisões para baixo – sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) do país este ano. A expectativa agora é que a economia brasileira “encolha” 3,3% em 2016 – ante uma queda de 3,8% estimada em abril.

Para 2017, o FMI agora prevê que a economia brasileira voltará a crescer. O órgão estima um avanço de 0,5% no PIB, contra uma projeção de crescimento nulo feita nos dois últimos levantamentos do órgão.

Considerando as projeções feitas para todos os anos, é a primeira vez desde o relatório de julho de 2012 que o FMI melhora uma estimativa feita para a economia brasileira. Na ocasião, o fundo elevou de 4,1% para 4,6% a estimativa de crescimento para o PIB de 2013.

Projeções para 2016
Em sua primeira projeção para 2016, feita em abril de 2014, o FMI considerava que a economia brasileira cresceria 1,5% este ano. A projeção, no entanto, piorou gradualmente, por cinco vezes seguidas (veja o gráfico ao lado). Passou de uma contração esperada de 1%, em outubro de 2015, para recuo de 3,8% em abril deste ano.

Agora, o órgão projeta uma queda um pouco menos brusca. “A confiança do consumidor e dos empresários parece ter melhorado no Brasil, e a contração do PIB no primeiro trimestre dá sinais de ter sido mais suave que se previa”, diz o órgão no relatório.

Como efeito, a recessão de 2016 no país deve ser “levemente menos severa, com um retorno de crescimento positivo em 2017”, aponta o FMI. Apesar disso, acrescentou o órgão no relatório, “incertezas políticas ainda persistem” e podem obscurecer as projeções.

Brexit piora as projeções globais
Apesar do cenário menos pessimista para o Brasil, o órgão cortou em 0,1 ponto percentual a previsão de crescimento da economia mundial, passando para um avanço de 3,1% em 2016. Para 2017, o FMI estima um avanço da atividade global de 3,4% – ante 3,5% previstos em abril.

O referendo do dia 23 de junho que decidiu pela saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit) adicionou uma “pressão negativa à economia mundial”, avaliou o diretor de pesquisa do FMI, Maury Obstfeld, em comunicado do órgão.

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