30/05/2013 11h45

Juro básico em 8% eleva o rendimento da caderneta de poupança

Títulos públicos do governo podem ser boa alternativa em relação a outras aplicações de renda fixa

UOL

O juro básico em 8% ao ano, a poupança continua mais atraente que a maioria dos fundos de renda fixa – considerando o ganho líquido mensal, que desconta taxas cobradas e impostos -, segundo levantamento da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).

Nessa comparação, a caderneta se revela uma boa alternativa mesmo após a mudança de regras que reduziu a rentabilidade de aplicações feitas a partir de 4 de maio de 2012.

Pela norma, todos os novos depósitos efetuados na poupança renderão 70% da Selic mais TR (Taxa Referencial) sempre que o juro básico for menor ou igual a 8,5% ao ano.

De acordo com a Anefac, a nova poupança, com rentabilidade de 0,45% ao mês, ganha de todos os fundos de renda fixa com taxa de administração a partir de 2% ao ano, independentemente do prazo para resgate dos recursos.

Já para os fundos que cobram 1,5% ao ano de taxa, a poupança nova só perde quando o resgate pode ser feito a partir de dois anos.

Os fundos com taxa de administração de 1% só compensam com resgate após seis meses. Apenas produtos que cobram 0,50% ao ano –custo concedido, normalmente, em aplicações acima de R$ 50 mil– sempre vencem da poupança independentemente dos prazos de resgate determinados.

Considerando a poupança antiga –que rende 0,5% ao mês mais TR, ou 6,17% ao ano mais TR–, que contempla aplicações anteriores a 4 de maio de 2012, a caderneta só perde para os fundos com taxa de adminstração de 0,50% ao ano e resgate acima de dois anos.

COMPARAÇÃO

Além de comparar os custos antes de aplicar, o investidor deve considerar a possibilidade de mudar os recursos de um fundo para outro quando encontrar alternativas similares mais em conta.

É importante, no entanto, colocar na ponta do lápis quanto terá de pagar de Imposto de Renda na troca.

Se os recursos estiverem em um fundo há mais de dois anos, por exemplo, o investidor já tem o benefício da alíquota mais baixa possível do IR, de 15% sobre a rentabilidade.

No caso de surgir fundo similar com taxa de administração menor, o aplicador precisa avaliar se conseguirá manter o dinheiro investido na nova opção por outros dois anos, pois, se tiver de resgatar antes, pagará IR outra vez e com alíquota maior.

Se o horizonte for o longo prazo e a diferença de custos expressiva –por exemplo, de uma taxa de administração de 3% ao ano para outra de 1,5% ao ano–, a troca pode compensar.

TÍTULOS PÚBLICOS

Com a Selic ainda em um dígito, os títulos do governo podem ser uma boa alternativa em relação a outras aplicações de renda fixa.

Principalmente para o pequeno investidor, que tem dificuldade de conseguir custos mais baixos em muitos investimentos tradicionais, como fundos.

Isso porque o peso de uma taxa de administração alta em uma aplicação cujo rendimento é atrelado à Selic ou ao CDI (Certificado de Depósito Interfinanceiro, que fica próximo à taxa de juros) é maior quanto menor for a taxa Selic.

É preciso, no entanto, ficar atento às taxas cobradas na aplicação no Tesouro, que também podem corroer parte dos rendimentos.

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