A pesquisa sobre a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) de Maceió, desenvolvida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em parceria com Instituto Fecomércio de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento (IFEPD), demonstra que após nove meses consecutivos de queda, a intenção de consumo das famílias de Maceió aumentou.
Em dezembro, o Indicador de Consumo das Famílias (ICF) alcançou 98,6 pontos contra 97,2 registrados no mês anterior. Embora tenha ocorrido uma recuperação do consumo de 1,4%, o percentual registrado em dezembro é 21,5% menor do que o registrado em janeiro (125,7). E quando comparado a dezembro de 2014, essa diferença é de 20,16%.
“Interessante notar é que, se observarmos os níveis de consumo das famílias no contexto nacional, os maceioenses estão 22,1% acima da média, o que demonstra um cenário de muito mais otimismo para os comerciantes alagoanos do que em outras regiões do Brasil”, analisa Felipe Rocha, assessor econômico da Fecomércio.
Para o especialista, essa recuperação no final de ano confirma a pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio AL sobre a intenção de consumo para o Natal (quando sinalizou que 75% dos consumidores iriam presentear), além de refletir a circulação do décimo terceiro e o aumento do fluxo de turistas que, movimentando a economia, eleva a renda local e, consequentemente, estimula o consumo. As férias escolares também impactam nesse aumento.
“A alta temporada ajuda a manter o consumo elevado não apenas devido ao fluxo de turistas, mas igualmente por conta das férias escolares, que acabam elevando os gastos dos pais com lazer de seus filhos nesse período. Esses fatores projetam a manutenção de empregos e a criação de postos temporários. Estimamos que a melhora na intenção de consumo pode prosseguir, pelo menos, até março”, avaliou Felippe.
DADOS
Entre os pontos avaliados na pesquisa está a situação do emprego; um dos indicadores que formam a intenção de consumo geral. Em Maceió, a segurança sobre o emprego diminuiu 2,8% em dezembro quando comparado a novembro, embora o percentual de entrevistados que sinalizaram estar desempregado tenha diminuído 0,4% no mesmo período. E apesar da diminuição no nível de segurança, os maceioenses estão otimistas quanto às perspectivas profissionais, aumentando em 4,7 com relação ao mês anterior.
Quando questionados sobre a percepção quanto à renda em relação ao ano passado, 34,7% sinalizaram melhora; uma redução de 1,1% em comparação a novembro. Quanto ao acesso ao crédito, dezembro registrou uma redução de -3,9% na dificuldade em conseguir crédito para consumo de bens e serviços. Comparando-se com ao mesmo mês de 2014, 29,1% indicaram estar mais fácil conseguir crédito e 31,8% avaliaram estar mais difícil. Na variação mensal, houve um aumento de 0,9% no consumo atual.
Em relação às perspectivas de consumo futuro, os maceioenses estão pessimistas: 46,7% sinalizaram que esperam um consumo menor das famílias nos próximos seis meses, enquanto apenas 36,7% indicam um maior nível de consumo no próximo semestre. Na variação mensal, significa um aumento de 3,6% comparado a novembro. Dezembro também registrou aumento de cerca de 0,9 % na aquisição de bens de maior valor agregado, como os bens duráveis.
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