08/08/2012 11h41

Setor de plásticos quer flexibilizar incentivo para aumentar a competitividade da indústria

Projeto do empresariado alagoano vai beneficiar cerca de 80% das indústrias do setor no Estadfo

Contabilista Cícero Toquarto faz apresentação do impacto das medidas de desoneração tributária proposta pelo Governo
Assessoria/Fiea
De acordo com sondagem feita pelo Sindicato da Indústria de Plásticos e Tintas do Estado de Alagoas (Sinplast/AL), a desoneração da folha de pagamento – medida que o governo federal vem estendendo a diversos segmentos da economia, entre eles o de plástico, visando a aumentar a competitividade da indústria e enfrentar a desaceleração da economia –, vai ser benéfica para cerca de 80% das indústrias deste setor no Estado.
Mas, e as 20% restantes? “Para que ninguém saia no prejuízo, vamos lutar, com o apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI), da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) e da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea) com o objetivo de tornar a adesão ao pacote opcional. No momento, ela é obrigatória, o que preocupa alguns empresários”, afirmou o presidente do Sinplast/AL e um dos vice-presidentes da Federação das Indústrias de Alagoas (Fiea), industrial Wander Lobo Araújo Silva.
O sindicato reuniu empresários na Casa da Indústria Napoleão Barbosa, onde o contabilista Cícero Torquato fez uma apresentação dos impactos da medida para as empresas do setor. O encontro serviu, também, para discutir estratégias de mobilização empresarial visando às mudanças no pacote.
Torquato explicou que, com as novas regras, a contribuição patronal previdenciária de 20% sobre a folha de pagamentos será substituída por uma contribuição de 1% sobre a receita bruta decorrente das vendas no mercado interno de determinados produtos – excluídos IPI e ICMS-ST, descontos incondicionais concedidos, cancelamentos e as exportações.

Com a medida, a expectativa, para o setor de plásticos brasileiro, é de ganho líquido de R$ 250 milhões. Segundo Torquato, a desoneração da folha de pagamento também representa uma redução média de 5,2% na atual forma de contribuição previdenciária. “Seria como se, ao invés de 20% sobre a folha de salários, o setor contribuísse com 14,8% da folha”, complementa.
O contabilista explica, ainda, que se a folha de pagamento de uma empresa tem 5% ou mais de sua receita bruta (conforme sistemática da medida), ela já perceberá benefícios com a nova sistemática de cobrança. Em média, conforme ele, a folha representa 8% da receita de vendas de produtos industriais.

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