25/07/2012 10h42

Desaceleração da economia e endividamento derrubam confiança do consumidor de Maceió

Apesar da redução, consumidores têm boas perspectivas em adquirir bem de consumo durável

Queda na confiança do consumidor reduz movimento das vendas no comércio maceioense

Assessoria/Fecomércio

pesquisa sobre o Índice de Confiança e Intenção de Compra do Consumidor de Maceió desenvolvida pelo Banco do Nordeste em parceria com o Instituto Fecomércio/AL de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento (IFEPD), demonstra que o consumidor da capital alagoana continua confiando na economia brasileira.

A pesquisa analisou o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), que mede a confiança do consumidor na sua capacidade de compra e na situação econômica do país. Esse índice varia de 0 a 200 pontos, mas acima de 100 pontos a expectativa é considerada positiva.

Em julho o ICC caiu para 147,4 pontos, uma queda de 10,2 pontos se comparado com os 157,6 alcançados em junho (considerado recorde para 2012). Essa redução interrompe uma sequência de seis meses com o índice acima dos 150 pontos, o que é considerada uma situação muito favorável. Ainda assim, no patamar em que se encontra, traduz que o consumidor maceioense continua muito confiante em relação a sua situação econômica.

O ICC é composto pelos índices de Situação Presente do Consumidor (ISP) e de Expectativas Futuras do Consumidor (IEF). O primeiro avalia o momento para aquisição de bens duráveis e a situação financeira atual da família do consumidor em um período de tempo de no máximo trinta dias. O segundo mede as expectativas do consumidor, no horizonte dos próximos 12 meses, sobre o futuro econômico do país, a situação financeira da família do consumidor e, por sua vez, a situação em geral no Brasil.

Os dois índices contribuíram para a queda do ICC, porém o ISP foi o que registrou maior diminuição: de 155,7 pontos em junho caiu para 142,2 em julho, uma queda de 8,7%. Por sua vez, a redução do IEF foi menor que a do ISP: se em junho tinha alcançado 159 pontos, em julho atingiu 150,8 pontos, um recuo de 5,1%.

Analisando esse movimento de queda, o consultor econômico da Fecomércio/AL e professor de economia da UFAL, Fábio Guedes, acredita que “o consumidor ingressou no ano de 2012 muito entusiasmado frente à expansão do emprego, da renda e do crédito no país; por isso, aqueles índices puderam ultrapassar a média dos 150 pontos. Agora, frente às incertezas anunciadas diariamente pelos meios de comunicação sobre o agravamento da crise econômica na Europa, as estimativas não favoráveis à economia brasileira do ponto de vista do crescimento para este ano e a redução da dinâmica na geração de emprego em alguns setores, a maneira como o consumidor observa as condições da economia e influencia sua visão de futuro acaba sendo afetada”.

Perspectivas positivas

A pesquisa ainda revelou que 79,4% dos consumidores têm perspectivas muito favoráveis de adquirir algum bem de consumo durável e 87,7% consideram ótima e boa a situação financeira da família em comparação ao mesmo período do ano passado.  Para os próximos 12 meses a percepção favorável sobre a situação econômica familiar atingiu 95,7% dos consumidores entrevistados e 80% consideram que a situação econômica do país nos próximos 12 meses será ótima ou boa.  A taxa percentual de intenção de compra dos consumidores ficou em 27,1% neste mês.

Entre os principais itens que os consumidores estão dispostos a adquirir em maio destacam-se: televisão (17,3%), celular (15,3%), automóvel (14,8%), vestuário (13,7%), calçados (11,2%), geladeira (11%), fogão (9,1%), móveis (7,8%), microondas (7,4%), motocicleta (6,7%), máquina de lavar roupa (6,7%), imóvel (6,5 %), câmera digital (6,3%), aparelho de DVD (5,3%), freezer (4,1%), aparelho de som (3,8%) e MP3/MP4 (1,7%).

Acesso a pesquisa completa consultar o site http://www.fecomercio-al.com.br/ifepd/

 

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