13/03/2013 11h27

Confiança do consumidor volta a cair em março; retorno da inflação causa preocupação aos maceioenses

Índice recuou de 153,5 em fevereiro para 151,5 pontos neste mês de março

Medo de inflação leva consumidor a recuar nas compras

Pelo segundo mês consecutivo, caiu o nível das expectativas econômicas do consumidor da capital alagoana. Essa é a constatação da pesquisa sobre o Índice de Confiança e Intenção de Compra do Consumidor de Maceió, realizada pelo Instituto Fecomércio de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento de Alagoas (IFEPD), em parceria com Banco do Nordeste. Em fevereiro, o índice tinha alcançado 153,5 pontos e, neste mês de março, registrou 151,5; uma queda de 1,3%.

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) varia de 0 a 200 pontos. Nesta escala, quando a pontuação alcança acima de 100, a expectativa é considerada positiva. A medição do ICC é composta por dois índices: o de Situação Presente do Consumidor (ISP), o qual avalia o momento para aquisição de bens duráveis e a situação financeira do consumidor no período máximo de trinta dias; e o de Expectativas Futuras do Consumidor (IEF), que mede as perspectivas do consumidor para os próximos 12 meses.

A análise dos dados apurados este mês demonstra que a queda do ISP foi quem mais contribui para a redução do ICC, uma vez que chegou a 147,7 pontos. Comparando-se ao mês de fevereiro, quando apresentou 151,4 pontos, significa uma redução de 2,4%. Foi o segundo mês consecutivo de declínio neste índice. Por sua vez, a alteração no IEF foi insignificante, passando de 154,9 para 154,1 pontos.

Na análise do Instituto Fecomércio/AL, o resultado do Índice da Situação Presente do Consumidor, que fez cair o Índice de Confiança do Consumidor, reflete a ameaça de retorno da inflação, quando se verifica alterações nos preços dos principais produtos da cesta básica e alguns serviços. Esse movimento dos preços, que tem como uma das causas a forte estiagem que afetou a produção agrícola no Nordeste, aumenta o grau de expectativas negativas do consumidor.

 Bens duráveis

Em relação à intenção de compras de bens duráveis para o próximo mês, a pesquisa revela que 84% dos consumidores acham a situação ótima ou boa para se adquirir produtos.

Quanto ao valor das intenções de compra, 74,1% dos entrevistados estão dispostos a gastar até R$ 250,00; 3,7% entre R$ 251,00 e R$ 500,00; 6,1% entre R$ 501,00 e R$ 1.000,00; e, 16,1% acima de R$ 1.000,00.

Os produtos que os consumidores estão mais interessados em adquirir neste mês são vestuários, celulares, automóveis, calçados, computadores e  imóveis; entre outros.

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