14/05/2012 8h23

Produtores de caju formam cooperativa em Olho D’Água das Flores

Cooperativa vai beneficiar mais de 300 famílias dos municípios Olho D’Água das Flores, Monteirópolis e Olivença

Cultivo do caju se expande no sertão alagoano

Cerca de 40 produtores de caju do município de Olha D’Água  das Flores fundaram, no último final de semana, uma cooperativa que vai beneficiar mais de 300 famílias entre os municípios de Olha D’Água, Monteirópolis e Olivença. A unidade é composta por agricultores da Associação dos Cajucultores da região. A assembleia geral, para constituição da nova cooperativa, foi acompanhada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo em Alagoas (Sescoop/AL).

A união dos produtores de frutas da região tem como objetivo facilitar a comercialização dos produtos e torná-los aptos a fornecerem alimentos para as escolas públicas dos municípios, atendendo a exigência da lei nº 11.947/2009. A lei da merenda escolar determina a utilização de, no mínimo, 30% dos recursos repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para alimentação escolar, na compra de produtos da agricultura familiar.

De acordo com o secretário de agricultura de Olho D’Água das Flores, Silvan Roberto Farias, que também é produtor, a nova empresa já iniciará os trabalhos com o pé direito. A associação foi contemplada com R$ 385 mil do Programa Território da Cidadania, do Governo Federal, para construção de uma fábrica de beneficiamento de frutas, na produção de polpa de frutas.

“A expectativa é muito grande entre os produtores. Há anos queremos formar uma cooperativa para assim poder entrar no mercado de forma competitiva. Com a liberação dos recursos do Território da Cidadania vimos que era o momento certo. Contamos com a gestão  municipal, que doou o prédio da nova fábrica, e os equipamentos já estão sendo comprados. Até dezembro a fábrica de polpa de frutas deve está em funcionamento”, revelou Silvan Roberto.

A Associação dos Cajulcultores já possui uma fábrica de beneficiamento da castanha, com uma produção de 500 quilos de castanha por dia, empregando 23 pessoas, sendo filhos e esposas de produtores. Já a nova indústria deve produzir 5 mil quilos de polpa de frutas por semana, gerando  de 15 a 20 empregos diretos. A estimativa é que as duas indústrias gerem 150 empregos indiretos.

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