Tendo o mar e a paisagem das praias da Pajuçara e Ponta Verde como cenário, a orla se encheu de cores e sons neste domingo (12). A Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC) levou o Giro dos Folguedos à orla, desta vez como parte da programação do Festival Maceió Verão. E será assim também nos próximos domingos (19 e 26). É a cultura popular sendo levada a mais um ponto da cidade de Maceió.
Os grupos se dividiram entre os cinco tablados montados na extensão da Avenida Silvio Viana e se revesaram, um por vez, passando por todos eles. As atrações foram o Pastoril Estrela de Belém, Fandango do Pontal da Barra, Baianas, Guerreiro Vencedor Alagoano e Guerreiro São Pedro Alagoano, Bumba Meu Boi Dragão e a La Ursa, Maculelê Yá Capoeira, dança afro Arafunfun Omanjerê e Escola de Samba Gaviões da Pajuçara.
Teve turista que trocou o mar pelo calçadão. Pela segunda vez em Maceió, acompanhado da esposa, o catarinense Renato Valvassuri ficou encantado com o que viu. “Muito boa essa iniciativa da Prefeitura de reservar este espaço para a cultura. Tudo muito bonito e interessante”, disse.
Se de um lado, o público aplaudia, do outro, os artistas da terra não escondiam a satisfação e a alegria de levar sua arte aos palcos. “Trabalho com Carnaval há quase 15 anos e nunca vi algo assim. É a melhor programação que a gente participa em todos esses anos”, comemorou o diretor executivo da Escola de Samba Gaviões da Pajuçara, José Hilton. “Era disso que a gente precisava, de apoio. Além disso, a receptividade do público tem sido muito boa. O povo sai da praia e vem participar. Até os turistas estão dançando com a gente”, completou.
“A gente tem muita satisfação em participar. É com muita alegria que nosso guerreiro vem brincar para o povo ver”, disse o mestre Juvenal Leonardo. Mesmo com a maratona de apresentações – ele que tem 80 anos e dança desde criança – sequer dava sinais de cansaço.
Keyler Simões, diretor de Produção Cultural da FMAC, apontou as duas inovações desta edição do Giro que é a inclusão das escolas de samba na programação e a instalação dos palcos na área que, tradicionalmente aos domingos, fica fechada na orla da Ponta Verde. “Mais uma vez, estamos trazendo os folguedos para a orla mostrando nossa cultura e já antecipando o Carnaval com o bumba-meu-boi e as escolas de samba. Nossa expectativa é seguir com o Giro e em fevereiro teremos uma edição especial com o Xangô Rezado Alto, em memória do episódio conhecido como ‘quebra dos terreiros’, ocorrido em Maceió”, concluiu.