Bairro de Jaraguá com a bela vista da praia da Pajuçara

Valdi Junior/VALOR MERCADO*

Maceió apareceu no fim da lista da relação das capitais brasileiras que possui o pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), divulgado nesta segunda-feira pela Pnud, órgão das Nações Unidas para o desenvolvimento. O IDH, que é resultado da medição da renda, do nível educacional e da longevidade das pessoas. O cálculo dos três itens, com pesos diferenciados, chegou ao IDH de 0,721 da capital alagoana. Destacand0-se, infelizmente, como única capital com IDH abaixo da média do Brasil, que é de 0,727.

Esse índice mostra indubitavelmente que há ainda muito o que ser feito na cidade de Maceió no tocante à expectativa e qualidade de vida da população e na geração de emprego e renda. Duas necessidades prementes que somente podem render frutos e contribuir para o desenvolvimento socioeconômico da capital a partir do investimento maior e qualificado em educação. Esse item é  que mais pesa negativamente para o baixo IDH.

A divulgação do IDH é uma ‘tapa com luva’ na cara dos gestores alagoanos, em particular, do gestor maceioense. Pois, é um retrato nítido que Maceió ainda está muito atrás dos demais centros brasileiros e que não é competitiva. Não sendo competitiva, fica mais difícil de cooptar investimentos de alto valor agregado, porque a indústria hoje caminha em busca do binômio: oferta de mão de obra e qualificação.

Também é um ‘despertar’ para a população maceioense, que, pode está mais adiante em relação aos demais municípios alagoanos. Porém, em relação às capitais vizinhas, o fosso está aumentando. Recife, a capital nordestina mais bem colocada, possui um IDH de 0,772, o que a coloca na 13 em nível nacional. E, Aracaju, 0,770, na segunda posição, ocupando a 14 (ver tabela abaixo).

Entretanto, a diferença é estupenda ao se comparar com Florianópolis, capital de Santa Catarina, com IDH de 0,847, que aparece na primeira colocação em nível das capitais do Brasil.  Em segundo lugar, aparece Vitória (ES). Ambas têm IDHM superior a 0,8, considerado muito alto pela ONU. O índice trabalha com uma escala que vai de 0 a 1, na qual, quanto mais próximo de 1, melhor é a avaliação obtida.

A consolação para os maceioenses é que a ONU considera grau de desenvolvimento alto o índice entre 0,7 e 0,799

A medição realizada pela Organização das Nações Unidas utiliza dados do Censo  2010, do IBGE, e considera indicadores de educação, renda e expectativa de vida para traçar um panorama sobre a qualidade de vida de diversas localidades do país.

* Exame