A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência (PEIC) de Maceió aponta redução de 3,23% na inadimplência, entre os meses de novembro e outubro. O dado faz parte da pesquisa elaborada pelo Instituto Fecomércio, em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), e é considerado positivo, principalmente, quando associado à pesquisa mensal de Consumo das Famílias, divulgada pela Fecomércio na quarta-feira (12/12), que demonstra a elevação do consumo em novembro.
Na análise do assessor econômico da Fecomércio, Felippe Rocha, os números comprovam que a elevação do consumo por meio do endividamento foi saudável. “Por conta do final do ano, a contratação e injeção de renda para temporários e o 13º salário para os trabalhadores têm ajudado os consumidores a reduzirem suas dívidas, ampliando o consumo”, avaliou.
Entre novembro e outubro deste ano, o endividamento absoluto da população da capital variou positivamente 3,9%. Quando analisada a variação dos últimos 12 meses, indica aumento de 5,35%. No caso das pessoas que possuem contas em atraso apontaram redução mensal de 8,53% e de 17,47% na análise dos últimos 12 meses.
Nos últimos 12 meses, a inadimplência hoje é 22,56% maior que o mesmo mês do ano passado, demonstrando que a taxa de desemprego persiste acima dos 17%, ao longo deste ano, criou dificuldades para os trabalhadores da capital. “O final de ano se apresenta como um bom momento para renegociar dívidas e encontrar um bom trabalho, mesmo que temporário”, destacou o economista.
Conforme a pesquisa do Instituto Fecomércio, o uso do cartão de crédito continua a ser o grande responsável pelas dívidas contraídas pelos consumidores, 88,8%, sendo utilizado 2,2% a mais do que em outubro. Em segundo, o uso dos carnês de loja foram 8,2% da motivação, apresentando redução de 0,5% entre os meses. Em terceiro, o financiamento de imóveis apresentou 4,7% dos motivos do endividamento, variação negativa de 0,2%.
Em seu domicílio, reduziu também o número de membros da família endividados e com contas em atraso. Hoje, 40,2% dos entrevistados possuem outro membro da família nessa situação, uma redução de 5% em relação ao mês anterior.
Para aqueles inadimplentes, a capacidade de pagamento das dívidas atrasadas apresentou forte redução quando comparado ao mês de outubro. Para o mês das crianças 7,5% dos inadimplentes haviam respondido ter condições de sair completamente da inadimplência. Em novembro, esse número caiu. Apenas 1,1% respondeu ter condições de pagar completamente suas dívidas.
O tempo de pagamento das contas em atraso reflete a incapacidade de alguns consumidores de saírem da situação de inadimplência. O tempo médio em que estão demorando para quitar suas dívidas aumentou para 82,5 dias, ou seja, 4,8 dias a mais.
Já o tempo que os consumidores mantêm as dívidas é de 6,7 meses. O dado aponta que após o natal, grande parte dos consumidores vão ficar até junho/julho de 2019 pagando pelo que consumiu ou adquiriu nesse momento. “Como o mês de novembro possui um apelo muito forte ao consumo, houve também incremento na parcela da renda comprometida com dívidas, em 0,6%, passando a ser de 25,4%”, explicou Felippe.