Produção de hortaliças no complexo penitenciário

Agência Alagoas

No decorrer deste ano, mais de 30 reeducandos trabalharam com o cultivo de alimentos na horta do complexo penitenciário. Nos nove hectares de área plantada são colhidos vários alimentos, como abóbora, berinjela, beterraba e cenoura, que abastecem as cozinhas dos presídios, representando 10% do consumo alimentar da Secretaria de Estado da Ressocialização e Inclusão Social (Seris). Neste ano, a produção da horta ultrapassou 30 toneladas de alimentos.

Além de garantir uma alimentação sadia, o trabalho com a terra traz inúmeros benefícios aos reeducandos, tanto pela remição da pena e auxílio financeiro, quanto pela profissionalização, uma vez que, ao longo deste ano, diversos cursos foram ministrados para profissionalizar e o aprimoramento de técnicas de trabalho com a terra.

O coordenador da horta do complexo penitenciário, João Batista, destaca a importância do serviço prestado, tanto para os apenados, quanto para os servidores. “Para eles [reeducandos], esse trabalho é uma nova esperança, com a diminuição da pena e o salário para ajudar a família. A iniciativa traz uma satisfação profissional indescritível. Em 2018 esperamos ampliar ainda mais os nossos projetos”, disse.

Sobre os benefícios dos alimentos produzidos na horta, o coordenador completa. “Por não utilizarem defensivos agrícolas na plantação, os alimentos colhidos são mais saudáveis e benéficos para a saúde de quem consome e para o meio ambiente”, afirma Batista.

Além dos produtos agrícolas, a horta conta com quatro tanques de piscicultura. Só este ano, mais de 300 quilos de tilápia foram produzidos para consumo no complexo penitenciário. No próximo ano, um poço deverá ser escavado para otimizar o processo de irrigação na área verde.