14/11/2014 13h46

Produto Interno Bruto de Alagoas cresce e atinge montante de R$ 29,545 bilhões

Setores da indústria e de serviços puxaram crescimento real de 9,1% e 4,4%, respectivamente

Governador Teo reunido com a equipe de secretários relata o bom desempenho do PIB do Estado

Suzane Gonçalves/SECOM

O Produto Interno Bruto (PIB) do Estado de Alagoas em 2012 atingiu o montante de R$ 29,545 bilhões. O resultado representa o crescimento real de 5% em relação ao ano de 2011. Analisado pela Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande), em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os dados foram divulgados nesta sexta-feira (14), durante coletiva de imprensa concedida pelo governador Teotonio Vilela Filho.

Na composição setorial, o PIB de Alagoas de 2012 apresentou um crescimento real de 9,1% na indústria e 4,4% no setor de serviços. Juntos, eles correspondem a 94,3% do Valor Adicionado (PIB sem os impostos líquidos), ou seja, à maior parte da participação no PIB. Já o setor agropecuário, responsável por 5,6% do total, apresentou decréscimo de 9,0%. O PIB per capita, que é o valor final de bens e serviços produzidos no país dividido pela população, atingiu em 2012 o total de R$ 9.333,00.

O crescimento do setor industrial foi impulsionado, principalmente, pelas atividades da construção civil (21,1%), da indústria da transformação (8,1%) e dos serviços industriais de utilidade pública (6,1%). Segundo a secretária de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico, Poliana Santana, a instalação de novas indústrias no Estado contribuiu significativamente para o crescimento desse setor.

“A política de atração de novos empreendimentos para o Estado durante a atual gestão do Governo influenciou, sem dúvida, no crescimento do PIB. Desde 2007, o Governo de Alagoas sempre esteve empenhado na captação de novos negócios em prol do desenvolvimento econômico de Alagoas e da melhoria da qualidade de vida da população”, declarou a secretária.

O superintendente de Produção da Informação e do Conhecimento da Seplande, Thiago Ávila, acrescenta mais fatores como responsáveis pelo crescimento do segmento em 2012. “Podemos destacar ainda a expansão habitacional, a duplicação e recuperação de rodovias, as obras de saneamento e abastecimento de água, o Programa da Reconstrução e a ampliação do consumo de serviços industriais de utilidade pública”, enumerou.

Ávila destacou ainda o aumento de 18% dos serviços domésticos e 8% do comércio no setor de serviços. “A inauguração de novos hotéis, a manutenção do bom fluxo de passageiros desembarcados e leitos ocupados, o bom ritmo de crescimento do comércio e maior consumo de serviços domésticos são algumas das razões que justificam o crescimento do setor”, explicou.

Em relação à queda do setor agropecuário, o economista da Seplande, Roberson Leite, explica que um dos principais fatores para a variação negativa em 2012 foi a seca. “Nesse período, tivemos a pior seca das últimas décadas, com queda na produção de 18 culturas agrícolas, das 25 analisadas pela PAM/IBGE, e queda de preço do açúcar no mercado internacional”, esclareceu.

Entretanto, o economista explica que a queda não foi suficiente para apresentar decréscimo no valor total do Produto Interno Bruto de 2012, já que o setor agropecuário representa apenas 5,6% da participação no Valor Adicionado (VA). “A queda do setor agropecuário não foi suficiente para prejudicar o bom desempenho do PIB, pois este setor, apesar de sua relevância, tem uma participação menor na composição do valor adicionado, diferentemente dos setores industrial e de serviços, que, por sua vez, tiveram bons desempenhos”, explicou.

Comparação 

Os números divulgados em Alagoas são favoráveis. Para se ter uma ideia, o PIB nacional apontou um crescimento real de 0,9% em 2012, quando comparado ao ano de 2011. A média da série histórica do PIB alagoano, referente ao intervalo entre 2007 e 2012, aponta um índice de 4,8%, enquanto que a média do Brasil para o mesmo período foi de 3,7%. Ainda comparando em termos de média da série, o crescimento do setor industrial em Alagoas neste período foi de 6,9%, muito acima do índice nacional, que apontou 2,5%. Na mesma linha, a média do setor de serviços (4,3%) no Estado também ficou acima do Brasil (3,8%).

Entenda o cálculo

 

O Produto Interno Bruto é medido pelo valor dos bens e serviços que o país, estado ou município produz nos setores da agropecuária, indústria e serviços em um ano. Além dos bens e produtos finais consumidos pela população e dos serviços prestados e remunerados, entram no cálculo os investimentos que as empresas fazem para aumentar a produção no futuro e os gastos realizados pelo governo para atender a população.

Em Alagoas, o cálculo é realizado pela Seplande, por meio da Superintendência de Produção da Informação e do Conhecimento (Sinc), mediante convênio com o IBGE, que engloba todas as unidades da federação, e a Superintendência da Zona Franca de Manaus – Suframa.

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