09/07/2012 13h12

Custo de Vida em Maceió sobe 0,40% no mês de junho e compromete 34,93% da renda mensal

Trabalhador alagoano precisa desembolsar R$ 217,28 para comprar sua alimentação básica

Custo de vida dos alagoanos sobe

Agência Alagoas

A pesquisa que revela o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de Maceió foi divulgada pela Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande) nesta segunda-feira (9). De acordo com a análise, o custo de vida do maceioense apresentou uma variação de 0,40% no mês de junho.

Inserido no IPC está o valor da Cesta Básica Alimentar, que obteve aumento de 0,19 pontos percentuais em relação ao mês anterior, sendo o óleo de soja o principal fator deste aumento, com uma variação positiva de 2,48%.

Tendo como base o valor do salário mínimo nacional, a Cesta Básica comprometeu, no mês de junho, 34,93% da renda mensal do alagoano, fazendo com que o consumidor desembolsasse a quantia de R$217,28 para sua alimentação básica. De acordo com Gilvan Sinésio, gerente do IPC da Seplande, além do óleo de soja, o açúcar (1,42%) e a mandioca (1,21%) foram os índices que apresentaram maiores variações.

Para Gilvan, a variação no valor do óleo de soja deve-se, principalmente, à alta do Dólar. “Com a variação da moeda americana há o aumento da exportação o que, consequentemente, prejudica o mercado nacional, ocasionando a alta dos preços. Já o aumento do valor do açúcar deve-se ao período de entressafra; e a mandioca, por ser um produto sazonal, possui baixa produtividade no período de chuvas, fazendo com que a oferta diminua e o preço aumente”, afirma.

O alimento que apresentou maior decréscimo no mês de junho foi o tomate. “Por ser um produto muito perecível e de grande oferta, tem de ser vendido rapidamente, por isso a queda no preço”, explica Gilvan. Além do tomate, apresentaram decréscimo a manteiga (-0,23) e o pão francês (-0,16). O único alimento que não sofreu alteração foi a banana.

A variação de 0,40% no valor do IPC deve-se ao significativo aumento percentual de três de seus grupos: habitação (0,87), fumo e bebidas (0,55) e alimentação (0,38). Segundo Gilvan, o acréscimo do grupo habitação foi ocasionado pelo subgrupo denominado manutenção domiciliar. “O fator principal desta variação deve-se ao aumento expressivo no valor da tarifa telefônica, que foi de 15,44%”, declara.

Dos nove grupos que compõem o IPC, apenas o grupo educação não sofreu variação.

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