Valdi Junior/VALOR MERCADO
Como disse Euclides da Cunha: “O sertanejo é sobretudo um forte”. E precisa ser. Porque o inverno irregular neste ano de 2012 sinaliza um horizonte de estiagem prolongada que ameaça começar bastante cedo no Sertão nordestino. Em Alagoas, é notório observar que poucos barreiros (açudes) ainda acumulam água. Uma água inapropriada para beber, que serve apenas para matar a sede dos animais.
O que intranquiliza os moradores provenientes da zona rural é que toda a reserva de comida para os rebanhos de animais já foi usado no longo verão do ano passado. Não há mais palma e silagem. Isso é o que preocupa o homem do campo, em especial, o sertanejo.
Os governos federal, estadual e municipal devem organizar e delinear um programa de assistência permanente e autossustentável que possa amenizar os efeitos do verão que se aproxima. Porque desta vez não há reserva de alimentação, e o pequeno produtor está descapitalizado sem nenhuma condição de comprar suplemento para o gado.
Do contrário, os efeitos da estiagem que se aproxima serão bastante danosos, o que pode comprometer investimentos de décadas em busca de eficientização: qualidade e produtividade.