Fruticultura se expande na Zona da Mata com o apoio do Banco do Nordeste

Os financiamentos do Banco do Nordeste (BNB) voltados ao agronegócio de Alagoas cresceram cerca de 18% nos oito primeiros meses do ano, no comparativo com o mesmo período de 2022. O valor já soma R$ 550 milhões, no período. A instituição responde ainda por 56,24% de todos os financiamentos rurais realizados por produtores alagoanos.

De acordo com o superintendente estadual de Alagoas, Sidinei Reis, além da pujança do segmento, que incrementa a demanda por crédito, o BNB tem reforçado a parceria com entidades representativas e intensificado o apoio a projetos que promovam a pecuária, a agricultura e a agroindústria locais.

Sobre a importância do setor, o superintendente destaca dados do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), área do BNB responsável por pesquisas econômicas sobre a Região. “Na composição setorial do PIB alagoano, a agropecuária foi responsável por 30% do total, na posição de junho de 2023, percentual superior à participação do segmento no PIB do Nordeste (12%) e do Brasil (9%), naquele período”, explica o gestor.

Quanto ao agronegócio do estado, Sidinei enfatiza que as linhas de crédito rural disponibilizadas pelo Banco do Nordeste contemplam desde o microempreendedor e o agricultor familiar, até as agroindústrias, além de a instituição atuar com o Programa de Desenvolvimento Territorial (Prodeter) na organização e fortalecimento de atividades econômicas prioritárias e vocacionadas da região.

Em Alagoas, o Prodeter, que é realizado por meio de parceria com instituições de desenvolvimento e agentes econômicos locais, estrutura as atividades de bovinocultura de leite, mandiocultura, bananicultura e turismo, praticadas nos territórios do agreste, alto e médio sertão, bacia leiteira, baixo São Francisco, leste e litoral norte do estado.

Sidinei ressalta a qualidade genética do rebanho alagoano e os investimentos na cultura de grãos no estado, em especial, o milho, como fatores que também têm alavancado o agronegócio. Em relação ao cultivo do grão, o gestor cita a atração de investidores e maior aproximação do BNB com grandes empresas agropecuárias de arrendamento de terras para a atividade, bem como o trabalho de articulação da instituição com parceiros para estruturação de cooperativas de produtores para aquisição da produção.