16/07/2012 12h12

Brasil tenta evitar retração, mas notícias internas e externas preveem mais desaceleração econômica

Medidas tomadas pelo Governo Federal ainda não surtiram efeito desejado no mercado interno

PIB tem crescido abaixo das previsões

Valdi Junior/VALOR MERCADO

As notícias oriundas dos mercados interno e externo divulgadas nesta segunda-feira são desalentadoras do ponto de vista de crescimento econômico. Dados publicados preveem retração dos mercados e queda das vendas. Os esforços dos governos ainda não foram suficientes para reverter tal quadro.

Em nível nacional, o Governo Federal não fala publicamente, mas mostra impaciência com a não recuperação do mercado interno depois das inúmeras medidas tomadas no sentido de dar fôlego à indústria e alavancar as vendas. Até agora, afora a retomada de alguns segmentos econômicos, nada de interessante.

As vendas de um modo geral estão caindo. E há mais um agravante nisso tudo: a população está endividada. Então, a lacuna de comprar mais se restringiu muito.

Como as vendas caem, e a indústria anda em marcha lenta e suspendendo investimentos, o trabalhador põe a ‘barba de molho’ e coloque pé no freio nas compras. Resultado: desaceleração econômica.

O mercado já projeta para 2012 crescimento do PIB abaixo de 2%; um percentual distante do que o Governo Federal esperava de 4%.

Esse cenário macroeconômico acentuado com a crise internacional é tudo que a presidente Dilma Roussef não quer, principalmente, se vier acompanhado de desemprego.

Por isso, tem pedido a equipe econômica liderada pelo ministro Guido Mantega, conhecido como desenvolvimentista, que estude planos de espantar para distante essa lentidão da economia. E não tem faltado planos: queda dos juros, mais crédito e injeção de dinheiro para os estados investirem em obras estruturantes.

Não tem sido fácil. Porque, essa crise europeia, diferentemente, da crise americana, sua publicização é menor, porém, o efeito colateral é maior.

Isso tem deixado o governo brasileiro angustiado, pois nossos governantes só agem pensando no imediatismo. Não pensa no mediato como a desoneração da carga tributária [um nó que impede de o Brasil crescer].

 

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