17/11/2015 12h12

Empresário do comércio de Maceió está mais confiante

Enquanto a média brasileira apresentou melhora de 0,6%, a capital alagoana registrou uma elevação de 3,4%

Comércio Varejista está esperançoso com as vendas de fim de ano

A confiança do empresário de Maceió apresentou um melhor desempenho, em outubro, conforme sinaliza a pesquisa do Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), realizada pela Confederação Nacional do Comércio em parceria com o Instituto Fecomércio AL de Estudo, Pesquisa e Desenvolvimento (IFEPD).

Enquanto a média brasileira apresentou uma discreta melhora de 0,6% entre setembro e outubro, Maceió registrou uma elevação mais significativa: 3,4%. Após uma queda acentuada de julho a agosto, a confiança do empresário a partir do mês de agosto vem aumentando, o que pode sinalizar um efeito de final de ano sobre o empresariado maceioense.

Entre os índices que compõem o ICEC encontra-se o de satisfação sobre as condições do cenário atual sobre o comércio e a economia brasileira. Para esse indicador, houve uma evolução de 4%; fato que ressalta a melhora da percepção do empresário com o final do ano. No sub-índice sobre a expectativa de novos investimentos no futuro e novas contratações houve uma melhora de 6,8% quando comparado ao mês de setembro.

Além da melhora no nível de confiança, a pesquisa também indicou que o sub-índice que estima a confiança por porte da empresa demonstrou que as empresas com mais de 50 empregados estão mais confiantes com suas vendas atuais, vendas futuras e com a expectativa de investimento futuro, principalmente para os bens não-duráveis, como alimentos. Porém, as empresas que vendem bens duráveis amargam uma redução sistemática em sua confiança e expectativa de investimentos e contratações.

Sobre a expectativa de contratação de funcionários para os próximos meses, 44,5% indicaram que irão aumentar apenas um pouco o número de funcionários até o final do ano, enquanto que 39,6% irão reduzir um pouco o quadro de empregados, indicando a tendência prevista pela Fecomércio-AL, de que a contratação de temporários para o final de ano será tímida.

Os investimentos das empresas do comércio sinalizaram baixa no período, com 45,9% dos entrevistados indicando uma leve redução dos investimentos. O nível de estoques se mostrou adequado para 59,1% dos empresários, mas para 14% foi considerado abaixo do adequado, o que indica haver espaço para investimentos no mesmo para o final do ano.

No geral, o quadro dos empresários do setor do comércio de Maceió se mostra estagnado, com vendas estáveis em alguns setores e levemente declinante para outros, como automóveis, construção civil e vestuário; setores que sofrem mais em período de crise. O momento de final de ano estimula o empresário a elevar seus estoques e fazer investimentos pontuais para atrair a clientela, muito por conta do 13º salário, mas com a parcela de inadimplentes evoluindo, a tendência não será de vendas iguais as do ano passado, embora deva aumentar.

 

Contexto nacional

O comércio varejista brasileiro recuou 0,5% frente ao mês anterior (setembro) para o volume de vendas, sendo o oitavo mês consecutivo. A receita nominal do comércio manteve-se estável em 0,1% pelo segundo mês consecutivo nas séries sem influências regionais divulgado pelo IBGE.

Com relação ao comércio varejista ampliado brasileiro (que conforme a pesquisa do IBGE refere-se à veículos, motos, partes e peças e materiais de construção), o índice registrou variação negativa de 1,5% com relação à agosto e a receita nominal do comércio ampliado retraiu-se em 1,2%, computando no acumulado do ano uma redução de 7,4% para o volume de vendas e de 1,1% para a receita nominal.

Em Alagoas, o volume de vendas do comércio varejista também apresentou alta. O fator significativo indicado pelo IBGE é que a alta sobre o volume de vendas foi o maior para todos os estados do Brasil, de 1,7% frente ao mês de setembro. Embora no comparativo contra o mesmo mês do ano passado já tenha ocorrido uma redução de 13,2%, o setor demonstra uma leve recuperação. Apesar do crescimento do volume de vendas, a receita nominal seguiu em queda de 6%.

Ampliando a faixa de produtos vendidos no comércio (índice de volume de venda no comércio ampliado), Alagoas recuou 15,8% frente ao mês de setembro de 2014 e 8,9% no acumulado do ano.

A receita nominal (sem correção de preços) entre os meses de agosto e setembro passados encolheu 10% e, no acumulado do ano, já sofre perda de 3%.

Esse cenário de retração da receita e leve recuperação do volume de vendas, em conjunto com a queda da renda das famílias (fruto de uma persistente inflação que desencadeia o aumento geral de preços e o crédito cada vez mais escasso, veem intensificando as perdas do comércio há oito meses consecutivos. Esse conjunto de fatores indica que a confiança dos empresários do comércio em Maceió e no Brasil, tanto do ponto de vista sobre sua satisfação com o cenário atual, quanto sobre sua intenção de investir, reflete a necessidade de crescimento do nosso Produto Interno Bruto e da Renda Nacional.

 

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