08/02/2012 23h40

A vida pede mais

Brasileiro começa o ano mais confiante no futuro, revela o Índice Nacional de Confiança (INC)

 

Arquiteto e urbanista Jorge Hereda é presidente da Caixa Econômica Federal

Jorge Hereda*

O brasileiro começa o ano mais confiante no futuro. É o que indica o Índice Nacional de Confiança (INC) da Associação Comercial de São Paulo. Diante das incertezas internacionais, que atribulam o resto do mundo, chama a atenção o nível de otimismo das famílias brasileiras.

Parte da explicação desse fenômeno está no fato de que a maioria da população tem conseguido realizar conquistas consideradas antes distantes. Daí as vendas recordes de automóveis, geladeiras, computadores e passagens aéreas. Mas, dentre todos os objetivos alcançados, a questão da casa própria tem um impacto forte no sentimento das famílias.

O lançamento do Programa Minha Casa Minha Vida acompanhado pelo aperfeiçoamento do marco regulatório no setor imobiliário favoreceram a concessão de crédito habitacional e a produção de moradia. A combinação de maior subsídio e crédito facilitado fez com que mais famílias, em especial as de baixa renda, realizassem o sonho da casa própria. Em 2003, a CAIXA contratava R$ 5 bilhões em crédito imobiliário; em 2011, mais um recorde de quase R$ 80 bilhões.

A ascensão da “nova classe média”, já respondendo por mais de 50% da população, estabeleceu novo dinamismo na economia e suas atuais conquistas são o patamar mínimo pelo qual se formam as expectativas futuras. Tal novidade no cenário socioeconômico brasileiro desafia empresas e gestores públicos.

É necessário compreender esses novos consumidores que agora demandam produtos de qualidade com preços adequados ao seu perfil econômico. Para os gestores públicos o desafioé manter condições favoráveis à continuidade da ascensão social, tendo as políticas públicas e o crescimento econômico papeis fundamentais para a consolidação desta ascensão.

Programas como Bolsa Família e Brasil sem Miséria estabeleceram uma proteção contra a pobreza, garantindo ao cidadão condições mínimas de sobrevivência. A política de valorização do salário mínimo auxiliou o crescimento real da renda das famílias. Já o Programa de Aceleração do Crescimento e o Minha Casa Minha Vida, ao estimularem o investimento, contribuíram para a contínua geração de novas vagas de trabalho reduzindo o desemprego a níveis históricos.

Mas o efeito mais sensível oriundo dos avanços dos últimos anos seja um valor intangível muito precioso às pessoas: a possibilidade de sonhar e construir um futuro melhor. O ambiente favorável à estabilidade dos níveis de emprego e renda se consolida e os brasileiros podem acreditar mais no amanha.

O sonho de um Brasil justo e solidário está cada vez mais próximo. Mas ainda há trabalho pela frente e a confiança dos brasileiros é um elemento essencial para que os desafios possam ser superados. Ao completar 151 anos de história, a CAIXA está preparada para continuar a dar sua contribuição, cumprindo sua missão de “atuar na promoção da cidadania e do desenvolvimento sustentável do país, como instituição financeira, agente de políticas públicas e parceira estratégica do estado brasileiro”.
* Presidente da Caixa Econômica Federal

 

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