24/03/2024 6h35

Banco do Nordeste propaga a música nordestina e apoia a cadeia produtiva cultural

Lista de reprodução de canções de artistas alagoanos soma seis horas de músicas para acesso gratuito em diversos aplicativos

Banco do Nordeste busca fortalecer a cultura regional

A música é um dos traços mais característicos da cultura nordestina. O projeto Banco do Nordeste Cultural quer contribuir para a valorização dos artistas da região e o fortalecimento da cadeia produtiva do setor. Para isso, convidou especialistas da área para construírem listas de canções de todos os estados nordestinos, de Minas Gerais e do Espírito Santo. O resultado soma mais de 100 horas de música e está disponível para acesso gratuitamente nos aplicativos Deezer, Spotify e YouTube.

A coordenadora do projeto e funcionária do BNB Juliana Coelho conta que os curadores se debruçaram sobre a produção musical de cada estado e apostaram na diversidade, com a seleção desde clássicos a canções poucos conhecidas e lançamentos, de todos os estilos. Trabalharam em cada playlist do chamado Ecossistema Musical pelo menos dois especialistas com experiência em festivais e/ou produção musical, de diferentes pontos daquele estado.

“O Ecossistema Musical tem o objetivo fortalecer o elo da difusão da produção musical dos 11 estados pertencentes à área de atuação do Banco do Nordeste e possibilitar a articulação e a conexão entre as cenas musicais, bem como o estímulo à criação de redes”, explica Juliana.

Música alagoana

“Falar da música produzida em Alagoas é reconhecer um cenário cultural rico e uma cena musical diversa. É vislumbrar as trajetórias de artistas populares que enxergaram na arte um lugar para si, criando a partir de seus universos modos de expressão únicos e extraordinários. É perceber uma cena contemporânea que reconhece sua ancestralidade e se inspira no repertório estético das culturas populares, atualizando seus timbres e ritmos. Uma tradição que também não aparece como um “peso”, que incentiva uma busca por um horizonte vanguardista, da música cosmopolita e universalista. Tudo isso sem deixar de apresentar uma reflexão sobre o que somos, sobre a nossa identidade”, diz a carta de apresentação da proposta da coletânea de obras alagoanas, assinada pelos curadores Lili Buarque e Nando Magalhães, disponível no site do Banco do Nordeste. A lista conta com 97 canções, que somam cerca de seis horas de músicas de artistas do estado.

Lili Buarque é alagoana, musicista, especialista em gestão cultural, idealizadora, curadora e produtora geral do Carambola. É idealizadora e produtora executiva da websérie As Mina Tudo, que reúne artistas mulheres de diversos estados em um encontro com bate-papo e música. É atualmente embaixadora do prêmio WME – Womens Music Event e já foi curadora de projetos do Festival SeRasgum (PA) e da plataforma Tidal, além de palestrante em conferências de música como Movimento Cidade (ES), CoMa (DF) e SIM São Paulo (SP).

Nando Magalhães é arapiraquense, graduado em Psicologia (UFAL),  mestrado em Sociologia (PPGS/UFAL) e doutorando em Sociologia (PPGS/UFPE). Pesquisador de políticas culturais, músico, compositor e produtor cultural. É membro fundador da Associação Cultural Popfuzz e do selo editorial Trajes Lunares. Fez parte do Conselho Nacional de Política Cultural e do Conselho Municipal de Políticas Culturais de Maceió. Idealizador e produtor de uma série de projetos culturais, entre festivais de música, mostras audiovisuais e exposições artísticas.

Banco do Nordeste Cultural 

O Banco do Nordeste Cultural é uma estratégia de fortalecimento das cadeias produtivas da cultura na área de atuação da instituição. Para isso, as ações do BNB com o segmento são desenvolvidas de forma integrada, envolvendo os Centros Culturais, os acervos artístico, histórico e bibliográfico, a ocupação de equipamentos culturais e o patrocínio cultural, ampliando a disponibilização de atividades nos estados que não possuem equipamentos da instituição.

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