07/02/2019 10h01

BC mantém Selic com risco externo menor

Copom estabeleceu manter a taxa de juros em 6,5%

G1

No comunicado que anunciou a decisão de manter a taxa básica de juros da economia, em 6,5% ao ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central apontou a redução dos riscos externos por causa das sinalizações de que o Federal Reserve (Fed) não deve manter uma postura de elevação dos juros nos Estados Unidos. Mas economistas apontam que essa mudança não deve representar uma alteração das previsões para o cenário dos juros no Brasil – pelo menos nos próximos meses.

“O Copom reconheceu a melhora do cenário externo, caindo o risco de o Fed precisar subir os juros de uma forma mais acentuada”, destaca Luciano Sobral, economista do Santander, ressalvando que isso “não foi o bastante” para fazer com que o comitê indicasse alguma mudança na trajetória da Selic para os próximos meses.

“Foi uma guinada bastante forte na última reunião do Fed e que surpreendeu o mercado”, afirma Patrícia Pereira, especialista da Mongeral Aegon Investimentos. “Essa mudança é positiva para os mercados emergentes.”

Em nota, a Rosenberg Associados destaca que, mesmo com a redução na percepção dos riscos externos, “a mensagem trazida por este comunicado reforça a perspectiva de estabilidade de juros no cenário atual”. “Seria preciso que uma evolução pior da atividade, ou melhor das reformas/cenário externo, alterasse seu balanço de riscos e eliminasse a assimetria, para trazer a discussão de nova queda de juros à mesa. Por ora, este não é nosso cenário base.”

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