08/08/2016 12h31

Eleições de 2016 afastam votação de reformas no Congresso

Governo acredita que só em 2017 haverá aprovação das reformas estruturantes para o País

As principais dificuldades para aprovar reformas estruturais da economia são a interinidade do governo de Michel Temer e a proximidade das eleições, afirmou nesta segunda-feira (8) o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Marcos Pereira.

“Existem quatro reformas urgentes: tributária, trabalhista, previdenciária e política”, disse ele, em evento na Associação Comercial de São Paulo. “Dependem do Congresso Nacional, e nós temos duas agendas que nos impedem de avançar: a própria agenda do impeachment e as eleições”. “O deputado e o senador infelizmente não vão votar reformas chamadas impopulares – e eu não vejo nada de impopular, porque a economia vai destravar e vai avançar”, disse Pereira.

“Eu vou ser sincero e transparente: nós não vamos conseguir avançar essas agendas antes da eleição”, afirmou. “Essas reformas que dependem do Congresso, o governo precisa apresentá-las no máximo até o final de novembro. Precisamos ter coragem para fazer. Se não aprovarmos até o final do primeiro semestre do ano que vem, não vai aprovar nesse governo”, disse.

O ministro acrescentou ainda que sua permanência no governo depende do avanço dessas agendas: “se não avançar e se eu perceber que não vai avançar, eu não tenho disposição para continuar no governo. Eu volto para o meu escritório de advocacia que está me esperando de portas abertas.”

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