22/07/2016 11h53

Governo Federal emite US$ 1,5 bilhão em títulos da dívida externa

Papéis emitidos são denominados em dólares e vencem em 2047

G1

O governo brasileiro anunciou nesta quinta-feira (21) que emitiu US$ 1,5 bilhão em títulos da dívida externa no mercado internacional. Essa é a segunda operação desta natureza neste ano.

Os papéis que serão emitidos são denominados em dólares e vencem em 2047, momento no qual os investidores receberão os recursos de volta junto.

O Tesouro Nacional informou que a demanda pelos papéis foi algumas vezes superior à oferta, o que denota a “atratividade do país”.

Os recursos buscados no exterior vão para as reservas internacionais brasileiras, que atualmente superam os US$ 376 bilhões. O ingresso dos valores acontecerá em 28 de julho, quando a operação será liquidada.

Taxa de juros
De acordo com o Tesouro Nacional, a chamada taxa de retorno ao investidor, ou seja, quanto o governo brasileiro pagará em juros, foi fixada em 5,875% ao ano nesta operação.

A taxa é superior à que foi paga na emissão anterior, em julho de 2014, de 5,13% ao ano. Naquela operação, o prazo para resgate foi semelhante.

Os juros acordados nesta quinta também são os maiores para papéis com prazo de cerca de 30 anos, em dólares, desde julho de 2009 – quando a taxa foi de 6,45% ao ano.

O chamado “spread” (diferença) entre o título dos Estados Unidos de prazo semelhante ficou em 357 pontos base. Este foi o maior valor desde 2005 – quando somou 362 pontos base.

A Secretaria do Tesouro Nacional avaliou que o aumento do spread, nesta operação, se deve a “condições de mercado”.

Referência para empresas
As emissões da dívida externa do país não podem ser adquiridas por investidores brasileiros. Mas o resultado das captações pelo Tesouro Nacional permite que as empresas daqui calculem quanto pagariam para fazer empréstimos no exterior.

Os investidores que compram esses papéis da dívida pública pagam em dólar ou outras moedas, como euro, e até em reais. Na data do chamado vencimento – quando acaba o prazo dos papéis – eles recebem de volta o valor pago ao governo brasileiro.

Além disso, o Brasil paga juros a esses investidores, a cada seis meses ou um ano, dependendo do contrato. O lançamento de bônus no mercado externo funciona como um leilão: os investidores fazem suas propostas de taxa de juros e quantidade de títulos que desejam receber, e o Tesouro aceita ou não.

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