08/03/2016 11h43

Caixa volta a facilitar financiamento para imóvel usado

Com novas determinações da instituição financeira, o interessado na compra de imóveis poderá financiar até 70% da compra do imóvel

 

G1

A Caixa Econômica Federal anunciou na manhã desta terça-feira (8) ter registrado lucro líquido de R$ 7,2 bilhões em 2015, valor 0,9% superior ao obtido no ano anterior. O banco também apresentou medidas de estímulo ao crédito imobiliário, com aumento da cota de financiamento de imóveis usados e reabertura do financiamento do segundo imóvel.

Segundo a presidente da Caixa, Miriam Belchior, o banco vai aumentar a cota de financiamento de imóveis usados, que deverá alavancar o mercado como um todo. De acordo com a Caixa Econômica, hoje é possível financiar até 50% do valor do imóvel usado – fatia que vai passar a 70%.

“A cota de financiamento de imóveis é um dos fatores que mais impactam a demanda. Quanto maior a cota, maior o número de interessados”, afirmou.

O limite de financiamento para imóveis usados foi reduzido pela Caixa em maio de 2015, quando passou de 80% para 50%. Na ocasião, o banco justificou a medida afirmando que pretendia focar no crédito habitacional de moradias novas.

A mudança vale apenas para imóveis usados financiados com recursos da poupança – ficam de fora da mudança o crédito para a habitação popular, como o programa Minha Casa Minha Vida, e os financiamentos com recursos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). Nestas modalidades, o financiamento não havia sofrido restrições em 2015.

Pelas novas regras, os financiamentos com recursos da poupança (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) terão uma elevação do limite do valor total financiado de 50% para 70% do valor do imóvel no Sistema Financeiro de Habitação (SFH), e de 40% para 60% para imóveis no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), pelo Sistema de Amortização Constante (SAC).

Segundo imóvel
De acordo com Miriam Belchior, a Caixa também vai reabrir o financiamento imobiliário para o segundo imóvel. “Serão as mesmas condições de financiamento do primeiro imóvel. Ele (o tomador de crédito) poderá ter dois imóveis financiados ao mesmo tempo”.

“Com essas medidas, a Caixa vai elevar a quantidade de contratações neste ano em mais 64 mil unidades, 13% em relação ao total antes previsto”, disse Miriam.

Resultados

Segundo a Caixa, os principais destaques do resultado do ano passado foram as receitas originadas pelo relacionamento com clientes nas contas correntes e cestas de serviços, que cresceram 30,7%, pelos cartões de crédito em 12% e pelos convênios e cobrança em 10,1%.

A carteira de crédito avançou 11,9% em 12 meses e alcançou saldo de R$ 679,5 bilhões, representando 20,9% do mercado. O crédito habitacional continuou a ser o principal destaque do crédito, com evolução de 13% no ano e saldo de R$ 384,2 bilhões. O valor representa 67,2% do mercado do país.

“Em 2015 tivemos ano desafiador, com repercussões no nível de atividade e arrefecimento no nível de crédito, mas alcançamos um lucro maior do que o de 2014…Fizemos melhoria de processos e redução de desperdícios que resultaram em uma economia de R$ 2,8 bilhões durante o ano passado. Nossas despesas administrativas, por exemplo, cresceram menos que inflação”, citou a presidente da instituição, Mirian Belchior.

O banco ainda anunciou que, mesmo diante das adversidades, a carteira de crédito da Caixa cresceu 11,9% em 12 meses. O crédito habitacional avançou 13% no ano e saldo de R$ 384,2 bilhões.

A Caixa afirma ter injetado, em 12 meses, R$ 732,7 bilhões na economia brasileira por meio de “contratações de crédito, distribuição de benefícios sociais, investimento em infraestrutura própria, entre outros”.

Na avaliação da presidente, este ano traz grandes desafios, mas o banco vem se planejando para “potencializar a capacidade de negócios com mais eficiência e menos custos”.

Em 2015, a base de clientes da instituição somou 82,9 milhões de correntistas e poupadores em 2015, um aumento de quase 6% em 12 meses. A carteira de pessoas físicas atingiu 80,7 milhões, e a de pessoas jurídicas, 2,2 milhões.

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