09/12/2015 11h14

IPCA sobe 1,01% e acumulado alcança 10,48% em 12 meses

IBGE registra maior impacto de alta de preços no setor de alimentos e bebidas

G1

A inflação oficial do país, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 1,01% em novembro, depois de chegar a 0,82% no mês anterior, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a maior taxa para novembro desde 2002, quando atingiu 3,02%.

Entre os grupos analisados pelo IBGE, o maior impacto partiu do de gastos com alimentos e bebidas, que ficaram 1,83% mais caros de outubro para novembro.

No ano, de janeiro a novembro, a inflação acumula alta de 9,62% – a maior para esse período desde 2002. Naquele ano, o IPCA havia ficado em 10,22%.

Em 12 meses, o indicador está em 10,48%, bem acima do teto da meta de inflação do Banco Central, de 6,5% ao ano. Essa variação também é a mais intensa desde novembro de 2003, quando atingiu 11,02%.

Entre os itens pesquisados para o cálculo da inflação, o que mais pesou no bolso do consumidor foi o aumento de preços dos combustíveis. O valor do litro da gasolina subiu 3,21% em novembro, ainda reflexo do reajuste de 6% autorizado pela Petrobras desde setembro.

“A taxa desse ano carrega vários reajustes de itens importantes no orçamento, que são as contas que pesam muito no bolso das famílias, energia, água e esgoto, que até ficaram represadas muitos anos, com preços abaixo da inflação”, disse Eulina Nunes, coordenadora de Índice de Preços do IBGE.

Na sequência, entre os maiores impactos estão a telefonia celular (2,13%) e fixa (1,00%), artigos de higiene pessoal (1,22%), roupas infantis (1,19%) e femininas (1,17%), plano de saúde (1,06%), cabeleireiro (0,70%) e empregado doméstico (0,45%).

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