G1
O Produto Interno Bruto (PIB) recuou 1,7% no terceiro trimestre de 2015, em relação aos três meses anteriores. Considerando o período de julho a setembro, essa retração é a maior da série histórica, que começou em 1996. No segundo trimestre, o PIB já havia recuado 2,1% (segundo dado revisado). Com esse resultado, a economia brasileira segue em recessão.
“A gente pode ver que em todas as comparações a gente teve taxas negativas. Além disso, desde o primeiro trimestre de 2015, a gente está tendo taxas negativas em todas as comparações”, analisou Claudia Dionísio, gerente de Contas Trimestrais do IBGE.
O que aconteceu em cada setor
De acordo com o IBGE, na indústria, a baixa foi puxada pelo recuo no desempenho da indústria de transformação (-3,1%), seguida pela construção civil (-0,5%) e pela indústria extrativa mineral (-0,2%).
No setor de serviços, o comércio, que vem mostrando seguidamente resultados desanimadores, registrou a maior queda, de 2,4%. Outros serviços sofreram redução de 1,8%; transporte, armazenagem e correio, de 1,5%; serviços de informação, de 0,5%, e atividades imobiliárias, de 0,1%.
“[No resultado de -2,4% da agropecuária] estou comparando trimestre que não tem soja contra um trimestre que tem soja. A gente tem que olhar com mais cuidado porque talvez a taxa trimestral contra o ano anterior seja mais adequada [para comparar]. A colheita da soja se concentra no primeiro e no segundo [trimestre], no terceiro, praticamente não tem. Então, as safras que têm no terceiro não vão competir com a soja porque a maior safra da lavoura é a soja”, explicou a gerente de Contas Trimestrais do IBGE.
Em valores correntes, o PIB no terceiro trimestre do ano alcançou R$ 1,481 trilhão.